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    Direito de Resposta: “O argumento da inveja é o argumento dos cobardes e dos asnos machistas”

    No exercício do seu legítimo Direito de Resposta, ao abrigo da Lei nº.7/06, de 15 de Maio, publicamos um texto da Drª Catarina Isabel Martins.

    A partir de Portugal, onde vivo, sem nunca ter estado em Angola, tenho acompanhado vagamente as especulações sobre a minha identidade, quase todas difamatórias e atentatórias do meu bom nome, sem que uma investigação jornalística a respeito seja conduzida. Os artigos jornalísticos parecem escritos exclusivamente para dar voz ao meu difamador, João Paulo N’Ganga.

    Para sermos claros, esta “polémica” surge na sequência de uma denúncia minha de que João Paulo N’Ganga não é, nem nunca foi, licenciado em sociologia em Coimbra. Mantenho essa denúncia e desafio o visado a desmentir da única forma possível – mostrando o referido diploma. Mais informo que, para o fazer, só precisa de preencher os formulários disponíveis para o efeito no site da Universidade de Coimbra. Se João Paulo N’Ganga não o faz, a razão é só uma: não possui diploma absolutamente nenhum.

    Ao contrário do que acontece com o Sr. Nganga, que ora assina Nganga, ora assina Ganga, que mente sobre datas de nascimento, habilitações, etc., os jornais angolanos poderiam ter obtido informação clara sobre mim, consultando o meu site na Universidade de Coimbra – seria jornalismo, e não difamação. Como todos os professores universitários reais sabem, a um académico interessa tornar visíveis os seus diplomas e os seus trabalhos.

    Quanto maior a visibilidade, maior a repercussão internacional, maior a valorização académica. Por isso, todo o meu curriculum profissional está online. Sou Licenciada, Mestre e Doutorada pela Universidade de Coimbra e sou Professora dessa Instituição desde 1993. Tudo claro. Tudo consultável facilmente numa pesquisa google. Pode dizer-se o mesmo do Sr. Nganga? Por que é que os jornais não fazem esta pesquisa? Por que não me apresentam como a pessoa que sou: Professora do Ensino Superior da mais reputada Universidade portuguesa, nascida em Portugal, Professora convidada na Alemanha, Áustria, Brasil, e numa das mais reputadas universidades africanas – a Universidade Cheikh Anta Diop de Dakar, Senegal. Nascida em Coimbra, onde fui deputada municipal em três mandatos e possuo reconhecimento público. Pessoa com créditos profissionais e morais facilmente verificáveis, portanto.

    O que fazem? dão a palavra ao vigarista, sem contraditório.

    Vigarista, porque mente. João Paulo Nganga é um homem inteligente, não precisava de mentir. Pena é que a sua inteligência seja – e sempre tenha sido – colocada ao serviço da desonestidade. Não preciso mencionar a má fama que deixou em Coimbra e Lisboa, altura em que, era ele estudante de Ciências Farmacêuticas, nos cruzámos na vida, porque eu frequentava meios angolanos em Coimbra. Há muitas pessoas de famílias reputadas em Angola que poderiam testemunhar sobre o Pijó. Os jornais podiam tê-las consultado.

    Não o fizeram. Teriam sabido a verdade. Podiam ter-me consultado a mim. Teriam recebido o contraditório a que são obrigados pela deontologia da comunicação social. Quiseram difamar-me.

    João Paulo N’ganga diz que eu terei sido sua namorada. Agradeço aos estimados leitores que me esclareçam sobre a relevância noticiosa desse facto, cuja veracidade está, aliás, por apurar. Não se trata de esclarecer se Nganga possui ou não um título académico da Universidade de Coimbra? Em que é que a informação de eu ter sido (ou não) sua namorada contribui para o esclarecimento desse facto? Lamentavelmente, eu não tenho “cara” de diploma, que era a única coisa que o sr. Nganga devia ter apresentado – mas não apresentará jamais.

    O argumento da inveja é o argumento dos cobardes e dos asnos machistas. Acaso passa pela cabeça de alguém que uma mulher de inteligência superior, que o conheceu há mais de 20 anos, que possui um percurso académico, profissional, público e político consolidado e reputado em Portugal teria “dor de cotovelo” de alguém que, aqui, é conhecido como um vulgar escroque? Realmente, o único problema de Nganga é que eu – como as pessoas de Coimbra, os seus colegas angolanos da época, e as pessoas de Lisboa – o conhecemos demasiado bem. Cabe aos jornais angolanos fazerem o seu trabalho.

    Que tal pedirem a informação à Universidade de Coimbra? Que tal perceberem que ninguém com um diploma de Coimbra – ou alguém minimamente sério – compraria um diploma numa universidade falsa, sita em Honolulu? Que um doutoramento se faz em anos, não em meses? Que um doutoramento não significa (mas o ignorante Nganga ignora) ser-se Professor Doutor – pois isto implica um contrato de docência com uma universidade, que ele nunca terá numa universidade real com aquela ficção de doutoramento.

    Um contrato que eu tenho com a Universidade de Coimbra, é claro. A dor de cotovelo é dele e – como se diz em Portugal – mais depressa se apanha um mentiroso (e um caloteiro, e um invejoso) que um coxo. Ele já foi apanhado e não tem como sair.
    Há limites, estabelecidos pela lei. Os meus amigos angolanos, que estudaram em Coimbra e me escrevem, sabem que os há, mesmo em Angola. O povo angolano, a quem mando um abraço solidário pela dureza de vida a que está exposto e a quem este jornalismo não ajuda, sabe que há. Pela honestidade. Pela transparência. Pela seriedade. Contra a mentira, a fraude, os espertalhões escroques e corruptos. Contra os Nganga.

    Catarina Isabel Martins

    Coimbra, 27 de março de 2019

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