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    Desafios económicos

    JULIANA EVANGELISTA FERRAZ Doutoranda em Economia e docente universitária
    JULIANA EVANGELISTA FERRAZ
    Doutoranda em Economia e docente universitária

    Esperam-se nos próximos anos enormes desafios às economias dos Estados Unidos da América (EUA), da União Europeia (EU) e da China, quanto à capacidade de gerar riqueza e criar postos de trabalho.

    Estes três gigantes económicos por imperativos que se prendem com a com­petitividade e o crescimento, têm que reinventar os modelos económicos e encontrar novas fontes de crescimento. Um dos sinais que confirma a necessidade urgente de estimular economia e comér­cio internacionais são as recentes nego­ciações entre os EUA e EU, no sentido de se construir uma zona transatlântica de livre comércio -Europa/USA .

    Esta medida a ser implementada visa simplificar/eliminar as barreiras comer­ciais destes dois grandes “players” da economia internacional, tornando-os no maior bloco comercial à escala glo­bal, com efeitos na competitividade e no desenvolvimento sustentado.

    Segundo o Fórum Económico Mundial, a crise da dívida soberana na Zona Euro aliada a fraca capacidade de crescimento da economia norte-americana, são dois factores que poderão pôr em causa o cres­cimento da economia mundial em 2013. Segundo a referida instituição, o actual ciclo de recessão económica, pela sua per­sistência, tem preocupado os Estados no sentido de reforço das fontes de competi­tividade e crescimento económico.

    Nesta perspectiva, cabe realçar que os principais pilares de competitivi­dade derivam da qualidade das insti­tuições que um país apresenta, e de que forma estas instituições contribuem na relação entre indivíduos, sociedade e empresas. Instituições fortes faci­litam as decisões de investimento, a organização da produção e o modelo de distribuição de riqueza.

    As infra-estruturas são também um pilar importante de competitividade na medida em que a dimensão e eficiência da mesma induzem o desenvolvimento. Outra fonte importante para a competiti­vidade reflecte-se no equilíbrio das vari­áveis macroeconómicas.

    Por conseguinte, o fortalecimento do sistema de ensino primário e do sistema de saúde são elementos indispensáveis do desenvolvimento económico, sendo também factores essenciais na incorpo­ração de vantagem competitiva a longo prazo. Assim, o investimento público e privado à formação superior e profissio­nal são aspectos indissociáveis da estra­tégia competitiva de qualquer Nação. Porem, só uma força humana bem edu­cada e qualificada poderá vencer os desa­fios que se colocam aos países do ponto de vista da competitividade externa ino­vação e criação de riqueza.

    A competitividade deve também estar aliada à eficiência dos mercados de tra­balho e financeiros. Sem eliminarmos as ineficiências que existem a este nível, não poderá haver prosperidade e desen­volvimento sustentado.

    Os três pilares anteriormente referi­dos são fundamentais para a racionaliza­ção económica, gestão de recursos, bem como no ajuste da cadeia de produção face à procura. Nesta óptica, três factores se agregam para garantir prosperidade económica: i) Tecnologia ii) Dimensão de mercado iii) Inovação e sofisticação empresarial. Será que as políticas segui­das no continente têm em conta os aspec­tos referenciados?

    A África Subsahariana tem demons­trado um crescimento extraordinário, segundo World Economic Forum. Apesar dos reflexos da crise sub-prime em 2009, o continente tem demonstrado níveis de resiliência significativos com um cresci­mento de 2,9 por cento em 2009. Segundo os últimos dois anos, formam paradig­máticos, com crescimento médio de 5 por cento ao ano, sendo uma das regiões com maior índice de crescimento mundial. Apesar deste crescimento, os analistas reportam algumas assimetrias e defici­ências no modelo de desenvolvimento dos países que compõem a região. (Jornal de Economia & Finanças)

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