O representante da Igreja Metodista Unida na província do Cuanza Norte, reverendo Adriano Kilende, evocou sábado, em Ndalatando, a primazia da transmissão do legado aos jovens nas instituições e nas organizações, para que estes sejam bons continuadores da obra dos líderes.
O pastor metodista advogou este pressuposto ao dissertar o tema “Seja o líder que você sempre sonhou”, no âmbito da terceira edição da conferência denominada “Palestras que inspiram”, decorrida no mesmo dia sob a égide daquela instituição religiosa e em que foram ainda abordados os temas “O poder do marketing digital” e “Cansei de ser pobre”.
Para o mesmo responsável religioso, “nós somos temporários e as organizações permanecem, sendo, por isso, necessário ter alguém que vai continuar com o trabalho dentro da visão que temos, alguém que possa ser o mentor depois de nós”.
O reverendo Adriano Kilende considera ser líder a capacidade de criar um grupo de trabalho onde cada um desenvolva as suas habilidades ou aquilo que tem como conhecimento, ou de influenciar positivamente a mudança de comportamento.
Por seu turno, ao abordar o tema “O poder do marketing digital”, o palestrante Faria de Camerias destacou a influência das “Redes Sociais” no marketing, permitindo que acontecimentos ou pessoas possam ser conhecidos mundialmente, em apenas um dia.
Para Faria de Camerias, o marketing é só oferecer um bom produto, mas também um bom serviço, sabendo ao mesmo tempo valorizar o destinatário de um determinado bem.
Faria de Camerias defendeu a urgência de o continente africano despertar face os avanços do mundo e aplicar as capacidades e as habilidades dos seus “cérebros” ao serviço do desenvolvimento e do progresso, ao invés de continuar a assistir à fuga dos seus quadros para os outros continentes.
Declarou que no mundo inovador em que hoje vivemos, os universitários devem ser fomentadores do emprego ao invés de serem eles a irem à procura de trabalho, fazendo uso das redes sociais com responsabilidade, no marketing.
Enquanto isso, Daniel Vunje, outro orador que durante a conferência dissertou o tema “Cansei de ser pobre” qualificou a crise económica e financeira que actualmente abala Angola como uma oportunidade para o despertar dos angolanos e o descobrimento do verdadeiro potencial que há neles.
“O potencial de Angola não está no petróleo nem nos diamantes, mas nos seus recursos humanos, que são o maior tesouro que o país tem”, assinalou.
Enquanto muita agente lamenta face a crise, há pessoas que estão a prosperar, afirmou, exemplificando que em Luanda enquanto os angolanos estão a fechar as oficinas ou as estações de serviços os chineses estão a abrí-las, como sinónimo de oportunidade para os asiáticos.
Na palestra que no Cine Ndalatando reuniu jovens e estudantes, Daniel Vunje advogou o afastamento do espectro do medo presente nas mentes das pessoas despertando o potencial nelas ainda não descoberto.
Considera que a pobreza não está nos bolsos das pessoas mas nas suas mentes, referindo que todo ser tem um potencial que podermos crescer e levar a prosperidade”.
O evento teve como objectivo agregar valores de liderança e espírito de empreendedorismo entre os jovens, tendo sido presenciado pela vice-governadora do Cuanza Norte para a esfera política, económica e social, Leonor da Silva Garibaldi e pela administradora municipal de Cazengo, Maria de Lourdes, bem como por representantes de partidos políticos. (Angop)