A ministra da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social de Angola reconheceu que a pandemia é responsável pelo aumento acelerado do desemprego. Teresa Dias afirmou que, apesar de o executivo fomentar políticas de apoio ao emprego, a situação do desemprego é preocupante no país.
No terceiro trimestre deste ano, a taxa de desemprego em Angola aumentou para os 34%, mais 1,3 pontos percentuais em relação aos três meses anteriores. A taxa de emprego, por seu lado, situou-se em 59,7%, aumentando 1,3% em relação ao trimestre anterior.
A ministra da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social de Angola reconhece que, apesar de o executivo fomentar políticas de apoio à criação de emprego, a situação do desemprego é preocupante e a pandemia da covid-19 só veio agravar a situação
“A taxa do desemprego é altíssima, com a situação da pandemia só temos a dizer que veio a piorar,” considerou.
Teresa Dias entende que apesar da perda de muitos postos de trabalho, o governo angolano criou, nos últimos tempos, vários programas para reconversão da economia que criaram emprego no país.
Teresa Dias deu o exemplo do programa de apoio à produção, diversificação das exportações e substituição das importações (PRODESI) e do Programa de Intervenção e Investimento dos Municípios (PIIM), projectos que, defende a ministra, têm gerado “muitos postos de trabalho”.
“O nosso objectivo não é só o impacto do desemprego, porque aos pouco temos conseguido a empregabilidade em todos os domínios, designadamente com o programa de Acção de Promoção para a Empregabilidade”, salientou.
A ministra pediu “compreensão” e “paciência” aos jovens que se têm manifestado contra a pobreza e o desemprego em Angola.
Membros da sociedade civil angolana anunciaram uma nova manifestação para o próximo sábado contra a corrupção e a impunidade, dez dias depois da última marcha que terminou sob forte repressão policial e um estudante morto.