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    Conferência do Clima tenta impedir fim do Protocolo de Kyoto

    Manifestações em protesto à falta de ação dos países contra as mudanças climáticas já começaram em Durban.

    Representantes de 190 países se reunirão a partir desta segunda-feira, na cidade sul-africana de Durban, para tentar reativar as negociações sobre a mudança climática e decidir o futuro do ameaçado Protocolo de Kyoto. A conferência internacional terá quase 12 mil participantes, que debaterão até o dia 9 de dezembro sobre uma questão fundamental: limitar a menos de 2°C o aumento da temperatura global nas próximas décadas.

    O foco desta edição da 17ª Conferência das Nações Unidas para Mudanças Climáticas vai ser evitar um retrocesso: o Protocolo de Kyoto, único acordo existente e através do qual a maioria dos países desenvolvidos se compromete com metas de redução de emissões de gases de efeito estufa, expira em 2012. Se não for prolongado, não haverá nada que obrigue os países a diminuírem os danos ao clima.

    O maior emissor de gases-estufa do mundo é a China, que resiste em se comprometer com metas de corte de emissões enquanto os Estados Unidos não o fizerem. Já outras grandes potências, como a Rússia, o Japão e o Canadá, alegam que é inútil agirem enquanto os maiores poluidores permanecem de braços cruzados.

    Quanto aos países em desenvolvimento, pedem novos compromissos por parte dos países industrializados em nome de sua “responsabilidade histórica”, algo que diversas economias desenvolvidas rejeitam. Uma eventual prorrogação do Protocolo de Kyoto passa, também, por um novo compromisso da União Europeia, que responde por 11% das emissões mundiais. Mas a Europa vincula tal compromisso à redação, em Durban, de um acordo que estabeleça as bases de um futuro marco global vinculando todos os países a compromissos para combater o aquecimento global.

    Durante as últimas semanas, diversos estudos confirmaram a urgência de se encontrar uma solução, quando são registrados novos recordes de emissões de CO2 e se constata uma distância cada vez maior entre as promessas dos países e o que pede a ciência para evitar os efeitos nefastos do aquecimento global.
    “Caminhamos para um aumento de ao menos 3º graus se não mudarmos decididamente este rumo”, disse o especialista francês Jean Jouzel.

    No que diz respeito à aceleração das emissões de CO2, o processo nas Nações Unidas de negociações segue lento e se espera um novo impulso após o fracasso da Cúpula de Copenhague, no final de 2009, apesar dos avanços técnicos obtidos no ano passado em Cancún.

    Organizações de defesa do meio ambiente, como a WWF, já manifestaram sua preocupação com a “possibilidade de problemas nas negociações de Durban”, devido fundamentalmente à incerteza sobre o futuro do Protocolo de Kyoto.

     

    Fonte: RFI

    Foto: REUTERS/Siphiwe Sibeko

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