A segunda cimeira luso-moçambicana decorreu nesta quarta-feira em Maputo. Lisboa promete manter-se mobilizado na cooperação com a sua ex colónia do Oceano Índico. Foram rubricados pelo menos seis acordos nas áreas da defesa, pescas, transportes e comunicações. Portugal comprometeu-se a desembolsar 400 mil euros no apoio ao Orçamento de Estado moçambicano do ano corrente.
O dia começara já com o primeiro-ministro português, Pedro Passos Coelho, a depositar uma coroa de flores na sepultura de Mário Coluna, o “monstro sagrado” do futebol luso-moçambicano, falecido no mês passado em Maputo.
O ex capitão da selecção portuguesa de futebol e do clube lisboeta do Benfica que terá marcado sobremaneira os relvados dos dois países.
O chefe do executivo luso fez-se acompanhar nesta cimeira por uma importante comitiva incluindo os ministros dos negócios estrangeiros, da defesa, da economia, do ambiente, ordenamento do território e energia, e da agricultura e mar e dois secretários de Estado.
A delegação anfitriã, para além do chefe de Estado, Armando Guebuza, incluía os ministros dos negócios estrangeiros, das finanças, assuntos sociais, pescas, energia, e obras públicas e habitação.
Quase duas dezenas de protocolos deviam ser ratificados neste evento passando por domínios como a água, recursos humanos e apoio ao Orçamento de Estado.
Desde a primeira cimeira bilateral as exportações moçambicanas para Portugal teriam aumentado em 60% enquanto as vendas lusas para Moçambique teriam crescido em 43%.
Após a cimeira o primeiro-ministro luso avistou-se com a comunidade portuguesa enfatizando a sua crença de que as previsões do Banco de Portugal apontam para uma recuperação da economia deste país europeu, duramente afectada pela crise.
Para Pedro Passos Coelho será possível inverter o cenário dos últimos tempos que se traduziu na emigração de centenas de milhar de portugueses na sequência das políticas de austeridade adoptadas visando combater o elevado défice público. (rfi.fr)