Um cidadão chinês, de 33 anos, foi detido, a 24 de Abril, em Luanda, pelo Serviço de Investigação Criminal (SIC), por suspeita de comprar 52 tampas de sarjetas e cabos eléctricos furtados na via pública.
O comerciante, detido no âmbito da operação “Faísca”, é responsável da empresa Ferforte Limitada, em actividade na Cidade da China, um mega centro comercial localizado no município de Viana.
Segundo o SIC, a detenção ocorreu depois de um apurado trabalho de investigação criminal, que permitiu a apreensão de 52 tampas de sarjetas com a descrição “Governo Provincial de Luanda” e mais de três mil metros de cabos eléctricos, agrupados em 42 rolos, com sinais visíveis de terra.
O cidadão chinês tinha ainda em sua posse, quando foi detido, carris de comboio e braçadeiras, uma informação avançada, segunda-feira, pelo director do Gabinete Institucional e Imprensa do Serviço de Investigação Criminal (SIC). Manuel Halaiwa, que falava à imprensa, no acto de apresentação do material apreendido, referiu que, no interrogatório preliminar submetido ao cidadão chinês, cujo nome não foi revelado, o SIC concluiu tratar-se de um receptador, que tem derretido o material adquirido para produzir, entre outras coisas, varões e portas, para serem comercializados no mercado angolano.
Segundo Manuel Halaiwa, o SIC espera que o detido colabore, prestando mais informações sobre o funcionamento da empresa Ferforte Limitada, uma vez que adquire material ferroso de diverso tipo para ser transformado em material de construção.
O cidadão chinês já foi apresentado ao Ministério Público, que lhe aplicou, como medida de coacção, a prisão preventiva, uma decisão que o porta-voz do SIC considerou ter sido tomada “devido à gravidade dos factos”.
Entre as áreas residenciais prejudicadas, na sequência da acção criminosa atribuída ao cidadão chinês, estão a Urbanização Vida Pacífica e centralidades do Sequele e Kilamba.
“A Vida Pacífica é a mais prejudicada das áreas residenciais mencionadas, por ter ainda muitos edifícios inabitados, o que tem facilitado a acção dos marginais, na parte exterior do pátio principal dos edifícios”, acentuou o porta-voz do SIC.
Manuel Halaiwa garantiu que o Serviço de Investigação Criminal continua a fazer diligências para determinar e deter outros presumíveis envolvidos no crime de que é acusado o cidadão chinês.
“Este chinês está aqui na qualidade de receptador e comprador de bens roubados ou furtados”, explicou o porta-voz do SIC, que disse estar a instituição a investigar para “encontrar a fonte”.
Halaiwa admitiu que, por se tratar de um “grande volume” de material ferroso apreendido, estejam envolvidas no crime mais pessoas.