As autoridades chilenas retiraram hoje os habitantes da colina das Ramaditas, em Valparaíso, no Chile, onde se reativou o incêndio que já provocou onze mortos, onze mil desalojados e destruiu 800 hectares e 1200 casas.
No domingo, chegaram a ser anunciados 16 mortos, no incêndio, mas os números foram revistos pelas autoridades chilenas para onze, adiantou a agência espanhola de notícias, EFE.
Cerca de 1.500 bombeiros tentam dominar os novos focos de incêndio, ateados pelo vento, que só deverá amainar a partir da manhã de segunda-feira.
O combate ao fogo concentra-se agora no cerro das Ramaditas, zona de floresta próxima de áreas residenciais, onde se abriu uma nova frente de 4,2 quilómetros, que mobiliza sete brigadas de emergência.
O diretor da Corporação Nacional Forestal (Conaf) do Chile, Aaron Cavieres, disse à CNN local que, até ao momento, não se verifica ferimentos em nenhum bombeiro.
O responsável da Conaf disse que este é o pior incêndio ocorrido no Chile, tendo afetado zonas habitacionais.
Em Valparaíso, que tem um bairro histórico classificado pela UNESCO como património da Humanidade, foi ativado o plano de catástrofes para fazer face ao incêndio, que ao fim de 24 horas, ainda não foi controlado pelas autoridades, mantendo-se a ameaça o centro da localidade.
A presidente do Chile, Michelle Bachelet, deslocou-se à cidade para se inteirar da dimensão do incêndio, que começou com um fogo florestal em La Pólvora. O vento forte, porém, fez com que se propagasse às zonas povoadas de La Cruz, El Vergel, Las Cañas e Mariposas.
O procurador de Justiça abriu um inquérito para determinar as causas do incêndio, que já levou ao corte do fornecimento de água potável e eletricidade a muitos dos bairros da cidade.
Com cerca de 270 mil habitantes, Valparaíso é uma cidade portuária localizada a 120 quilómetros de Santiago do Chile e assente principalmente em encostas íngremes, separadas por vales, que está a ser devastada por aquele que é considerado o pior incêndio da sua história.
Tal como aconteceu com o terramoto ocorrido a 01 de abril no extremo norte do país, que causou seis mortos e graves danos materiais, a Presidente do Chile decretou rapidamente o estado de exceção constitucional, que concede às Forças Armadas o comando para garantir a ordem e segurança e a coordenação dos trabalhos de evacuação. (noticiasaominuto.com)
por Lusa