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    Centenas de obras estão paralisadas desde 2012 no Cuando Cubango

    Centenas de obras de impacto social encontram-se paralisadas, desde 2012, na província do Cuando Cubango, a maior parte das quais por desvio de fundos por parte dos gestores, soube o Jornal de Angola de fonte do Serviço de Investigação Criminal.

    O porta-voz do SIC, inspector-chefe Anderson Domingos Luhami, disse ao Jornal de Angola que no Cuando Cubango existem muitas obras sociais abandonadas, desde 2012, nas quais os infractores de forma deliberada continuaram a emitir ordens de saque, para supostamente continuarem com os trabalhos, mas na verdade o dinheiro era usado para fins pessoais.

    Encontram-se paralisadas as obras dos pólos Universitário e Industrial de Menongue, o Hospital Sanatório, os hospitais municipais do Cuíto Cuanavale, Dirico, Calai, Cuangar e do Rivungo, ampliação do Hospital Pediátrico de Menongue, o Estádio Municipal de Futebol, bem como o parque rodoviário.

    Estão igualmente paralisadas as obras de construção e reabilitação de 54 escolas de quatro, seis, oito, dez e 12 salas de aula nos municípios de Menongue, Mavinga, Rivungo, Calai, Dirico, Nancova, Cuito Cuanavale, Cuchi, Cuangar e Dirico, que têm como objectivo tirar milhares de crianças que se encontram fora do sistema de ensino e aprendizagem daquelas localidades.

    As obras de quatro edifícios de 32 apartamentos cada, erguidos na cidade de Menongue, a estrada de dois quilómetros na sede municipal do Cuchi, Mercado Municipal de Menongue e dos centros de saúde da aldeia do Lumeta, Lilunga, Lihuenje, Tungombe e do bairro Benfica, também estão paralisados.

    Destaque ainda para as obras do lar da terceira idade, no bairro Kavikiviki, a reabilitação e ampliação do edifício da Televisão Pública de Angola (TPA), a Administração Municipal, residência do administrador de Menongue, a esquadra da Policia na sede municipal do Calai e um posto policial no bairro Castilho.

    No âmbito da construção de 200 fogos habitacionais, estão paralisadas as obras de 20 residências do tipo T-3 no bairro Tucuve, 15 na comuna do Missombo, três na comuna do Caiundo e a residência oficial do governador, 100 casas do tipo T-3 na sede municipal do Cuito
    Cuanavale, 15 na comuna do Cujamba e igual número no Licua (Mavinga).

    Estão ainda entre obras suspensas, as 65 residências em Nancova, 30 na comuna de Xamavera e 15 no Mucusso (Dirico), 15 casas do tipo T-3, na comuna do Mawé, e o mesmo número no Mavengue (Calai), 25 na comuna da Jamba e dez no Bico de Angola (Rivungo).

    Devido a esta situação, o SIC desmantelou uma rede de criminosos que operava no edifício sede do Governo do Cuando Cubango, cujo “modus operandi” consistia na emissão de ordens de saque para o pagamento de obras inacabadas e que eram usadas como lavras.

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