A polícia de choque bielorrussa deteve neste sábado várias centenas de mulheres que manifestavam em Minsk para protestar contra o presidente Alexandre Loukachenko.
Loukachenko é acusado pela oposição de cometido fraude eleitoral, de forma a assegurar um sexto mandato presidencial. As manifestantes exigiram a partida do poder, de Alexandre Loukachenko, que governa a Bielorrússia desde a independência da ex-república soviética em 1994.
As manifestantes presas pela polícia de choque e por agentes da segurança à paisana, protestavam no seio de um grupo de duas mil mulheres contra a permanência no poder do Presidente Alexandre Loukachenko.
As mulheres, que transportavam consigo bandeirolas com as cores vermelha e branca da oposição, contestaram mais uma vez a reeleição de Loukachenko no passado dia 8 de Agosto e pediram a sua demissão.
Lembre-se que a opositora,Svetlana Tikhanovskaïa, também reivindicou a vitória na eleição presidencial de Agosto. Numa declaração divulgada antes da manifestação feminina deste sábado em Minsk, Tikhanovskaïa, elogiou , segundo ela, “a coragem das mulheres da Bielorrússia”.
Entre as mulheres detidas estava a activista Nina Baginskaya de 73 anos , agora uma das figuras mais conhecidas do movimento anti-Loukachenko.
Dez mulheres detidas foram soltas pelas forças da ordem, na falta da viaturas da polícia para transportá-las.
Segundo a ONG local, Viasna, um total de pelo menos 217 mulheres foram presas pela polícia.
A semana passada, o Presidente Alexandre Loukachenko lançou uma advertência a alguns países vizinhos, que ele acusa de ingerência nos assuntos internos da Bielorrússia. Loukachenko referiu-se à possibilidade de uma guerra contra os citados países.
Os países bálticos, nomeadamente a Lituânia onde está refugiada a ex-candidata à eleição presidencial Svetlana Tikhanovskaïa, decidiram aplicar sanções à Bielorrússia, cujo executivo pediu o apoio da Rússia, para, segundo o mesmo, combater a conspiração urdida do exterior.