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    Carlos César: “A escassez da vitória deu a sensação que o PS podia morrer na praia”

    (Rui Soares)
    (Rui Soares)

    Carlos César diz que “a certeza da vitória nas legislativas foi albalroada por uma fortíssima indeterminação”

    Carlos César foi eleito presidente do Governo Regional dos Açores em 1996, conquistando um território que foi do PSD durante 20 anos. Abandonou o governo regional em 2012, mas o PS, agora com o seu delfim Vasco Cordeiro, voltou a conseguir maioria absoluta. É o responsável pelo turnout no arquipélago do laranja para o rosa e está entre aquele lote de socialistas que podem reclamar “vitórias históricas”. Segundo o ex-presidente do Governo Regional dos Açores, não foi esse o caso da vitória de domingo. Declara o apoio à candidatura de António Costa à liderança e admite que se Seguro permanecer a vitória do PS nas legislativas está em causa.

    Apoia a candidatura de António Costa à liderança do PS. Porquê?

    Conheço António Costa desde os tempos em que ele era um estudante do ensino secundário. É um político experimentado em contextos políticos e de administração múltiplos e exigentes, rigoroso, liderante, comprometido com a verdade e agregador. Acresce que na sociedade eleitoral portuguesa suscita um empolgamento e uma convicção de vitória que António José Seguro não tem projectado. Não se pense, porém, que esta minha apreciação compromete a minha convicção de que Seguro seria, caso viesse a ser primeiro-ministro, um governante mais capaz e mais humanista do que Passos Coelho. Mas estou humildemente convencido que António Costa será, nesses como noutros aspectos, melhor.

    Em que é que António Costa teria sido melhor do que António José Seguro na condução do PS?

    Todos sabemos que o actual secretário–geral do PS tem feito um esforço muito abnegado para colocar o partido numa posição de alternativa inequívoca ao actual governo. Parece-me, no entanto, que esse trabalho não apresenta a progressão que se esperaria nessa fase decisiva em termos da confiança dos portugueses. Na verdade, o crescimento da influência do PS e do seu potencial eleitoral é proporcionalmente menor face ao descontentamento comprovado dos portugueses em relação ao governo e aos partidos que o apoiam. António José Seguro tem sido muito atencioso com as estruturas do partido por todo o país – é certo e isso não merece condenação -, mas, no seu lugar, António Costa estabeleceria uma interlocução mais centrada na atenção e na resposta a todos os portugueses. Afinal são todos os portugueses que devemos servir e é deles que depende a centralidade e a credibilidade do partido e da sua liderança. Enquanto o descontentamento com o governo crescer mais que a confiança no PS não estaremos a fazer o nosso melhor. Ora é justamente por essa percepção, que compromete o sucesso desejado nas próximas eleições legislativas, que entendo que o PS deve reformular o seu caminho começando a fazê-lo pela sua liderança.

    Depois de conhecidos os resultados eleitorais escreveu que “a vitória foi modesta” e que se o PS não fizer “melhor comprometerá o seu sucesso nas legislativas”. Acha que a manter-se a actual liderança o PS corre o risco de perder as legislativas?

    Disse duas coisas que fundamentam hoje a reflexão que faço. Uma, em Fevereiro passado, que as eleições europeias iriam aferir a credibilidade do PS e, necessariamente, da sua liderança. Outra, conhecida a lista de candidatos ao Parlamento Europeu, que era boa e não seria por causa dela que não teríamos o melhor resultado. De facto, as eleições europeias, para além da sua fenomenologia própria, foram predefinidas e assumidas como um momento de alto significado político interno e nacional. Para acentuar essa leitura, o PS, a meu ver a destempo, chegou a apresentar com a maior ênfase e mediatismo um programa de governo para o país. Ou seja, o PS pediu aos portugueses que fizessem destas eleições uma reprovação do governo, o que foi conseguido de forma clara, e uma confirmação do PS, o que não foi alcançado da mesma forma. Pergunta-me se há o risco de o PS perder as eleições legislativas. O que me parece é que todos – políticos, jornalistas, analistas políticos e as pessoas em geral – tinham uma fortíssima convicção sobre a vitória do PS (até diziam que o poder nos cairia no colo) e essa certeza foi abalroada por uma grande indeterminação. E essa fragilidade é atribuída pela opinião pública à liderança do PS.

    O que é “fazer melhor”?

    É recuperar do divórcio entre as pessoas e os partidos e os políticos, colocando o PS como destinatário dessa recuperação de confiança. É reformar e socializar o partido com essa finalidade. É liderar o impulso reformista no país, no epicentro do diálogo e do estabelecimento dos compromissos. É não negar o passado governativo do PS – que nos acompanhará, inevitavelmente – considerando o que foi bom, e foi muito, e estabelecendo novas metas, ao contrário de legitimar a narrativa da direita sobre natureza e origem da actual crise económica e social. Não temos valorizado devidamente os contributos positivos que demos ao país nos governos anteriores, nem nos libertado com humildade do que fizemos de menos positivo, ora por inépcia ora por inibição com o passado.

    É ser claro e concreto no estabelecimento de uma agenda realizável para além dos limites troika. O país não pode ser pensado numa lógica exclusiva do que é possível com ou contra a troika. O PS tem um projecto para Portugal e, por exemplo, o novo período europeu de programação financeira para 2014/2020, onde está a única fonte de financiamento assegurado, devia ser o centro da nossa estratégia de desenvolvimento. Afinal, passámos esse debate como se se tratasse de um simples pormenor a cargo de uns técnicos. Ser um oponente sistemático e ruidoso não esgota quer a nossa vocação quer as nossas responsabilidades. O PS não é uma central sindical mas sim um espaço de acolhimento e organização de aspirações e de projectos. Não quero dizer que o PS não tem tido méritos proponentes, mas creio que, como me perguntou, é possível fazer melhor. O PS, além disso, tem que apresentar uma equipa forte, imbatível, e, perante os portugueses que o observam, deve dialogar e explicar e não comunicar unilateralmente como se os portugueses fossem um clube de fãs condenados a suportar a encenação constante dos comícios.

    A recuperação da atractividade do PS em termos sólidos depende da qualificação dos seus protagonistas e isso é fundamental numa fase de reformulação de alguns aspectos da nossa democracia que tendem a desvalorizar o rotativismo partidário tradicional e a abrir novas leituras e propostas políticas de acção.

    No momento em que falamos, vivemos num impasse. O secretário-geral recusa-se a convocar o congresso extraordinário por sua iniciativa. O que pensa da decisão da direcção do partido?

    O António José Seguro sabe bem que não seria bom para ele e para o PS ser candidato a primeiro-ministro sob suspeita de fragilidade. Reagiu num primeiro momento de forma precipitada, tal como aconteceu na primeira leitura que fez dos resultados que obteve nas eleições europeias, mas sabe que, face ao que se passou, não deve prosseguir sem um apuramento de legitimidade. Por iniciativa própria ou por anuência de última hora aceitará, estou convencido, essa necessidade. Com a convocação de eleições para a liderança do PS e a realização de um Congresso não é aberta uma crise interna. Pelo contrário, fechamo-la, refrescando legitimidades e revigorando as capacidades necessárias para obter o sucesso eleitoral pelo qual julgo que os portugueses anseiam. Quem quer que ganhe as eleições directas e o congresso sentir-se-á melhor e plenamente capacitado para as batalhas que se seguirão.

    Acha que António Costa tem condições de ser ele próprio a forçar o Congresso? É preciso reunir a maioria dos apoios nas maiores federações, como dizem os estatutos, e é provável que a maioria do chamado aparelho continue favorável a António José Seguro.

    Seria absurdo, ainda que por razões defensivas, enclausurar a liderança do partido numa cela de isolamento guardada pelos estatutos e vigias do aparelho partidário. Depois da percepção eleitoral negativa adquirida nas eleições europeias isso seria um anátema terrível para o PS. Algumas pessoas questionam a oportunidade deste processo. Mas esta era e é, realmente, a última oportunidade de melhorar substancialmente a credibilidade e a confiança que o partido e a sua liderança evidenciaram continuar carecidos. Antes, por mais de uma vez, foram dadas oportunidades para essa requalificação do partido que não tiveram resultados suficientemente assertivos.

    Disse-o, na noite das eleições, enquanto o secretário-geral fazia uma comunicação em que não incluiu uma análise detalhada e um apelo humilde ao seu próprio aperfeiçoamento: o PS precisa de melhorar para merecer a confiança dos portugueses para governar. Ora, sei que Seguro faz por isso, mas tenho a certeza que isso será conseguido com António Costa com uma intensidade bem maior do que a que poderia resultar da continuidade da actual liderança. Se assim não for é pelo menos necessário que o partido, de forma livre e renovada, diga da sua justiça. Será indispensável para todos.

    Mesmo que haja Congresso, o que agora parece difícil, que condições tem António Costa para o vencer, tendo em conta a desproporção de apoios dentro do PS profundo que parece, neste momento, muito favorável a António José Seguro?

    Creio que a maioria dos militantes e simpatizantes do PS, tal como aqueles portugueses que hesitam em votar no partido, gostariam que António Costa liderasse a alternativa ao actual governo. De resto, numa votação secreta para a liderança do partido, os votos dos presidentes das Federações e da nomenclatura partidária têm o mesmo valor dos votos dos militantes.

    Na Federação onde sou militante, por exemplo, a maior parte das pessoas que votaram em Seguro contra Francisco Assis apoiam nesta fase uma candidatura de António Costa, e as notícias que vou recebendo dos outros lugares são no mesmo sentido. Exceptuando a caso do próprio Assis, cuja posição compreendo já que assumiu um entendimento pessoal, a maioria dos casos que conheço são militantes que votaram em Seguro e agora reconhecem que será melhor António Costa.

    António Costa tem um programa para o país distinto do de António José Seguro? E em que consiste?

    É ao António Costa que compete esclarecer esse domínio de questões. É fundamental que o PS adquira uma nova inteligibilidade da realidade envolvente e das aspirações dos portugueses, sem cedência a populismos fáceis e desonestos, é certo, mas com um compromisso simultâneo com a vida concreta das pessoas e a verdade dos limites da acção governativa no plano nacional como no plano europeu.

    A Europa, como está, tornar-se-á pouco mais do que um espaço físico comum a vários países desligados. Será o que podemos chamar uma Europa mínima, cada vez menos eficiente e solidária no seu seio e menos relevante na concertação internacional. O PS tem que ser tão claro quanto possível nestes aspectos que confinam intimamente com o destino do nosso país. A meu ver é necessário, para a garantia de um espaço europeu competitivo e coeso, que se fortaleça o governo europeu, que permita uma governação económica, um aferidor de direitos sociais e, por exemplo, uma política única de imigração, de defesa, de segurança. Por sua vez a esquerda democrática, que atravessa uma crise identitária importante, deve libertar-se de aprisionamentos que a têm secundarizado desde a chamada “via Blair” e que a têm diluído como alternativa material à direita e ao neoliberalismo. Essa reorientação tem que também ser feita entre nós. A esquerda democrática deve ser um veículo das aspirações populares e, como já uma vez afirmei, assumir a defesa do estabelecimento de um limite às desigualdades, ou seja impedir que a desigualdade resultante da economia livre provoque distorções que ponham em causa os direitos humanos.

    A questão é mais de estilo ou de conteúdo programático? Estamos a falar mais de pessoas ou de ideias?

    Quer António Costa quer Seguro têm sensivelmente os mesmos anos de actividade política referenciada. António Costa, porém, sempre arriscou. Lembro as candidaturas a Loures e a Lisboa, os seus desempenhos em períodos difíceis no Ministério dos Assuntos Parlamentares, da Justiça e no da Administração Interna. E até a coragem – sim, porque é de coragem que se trata – de dar todas as oportunidades de afirmação e sucesso à actual liderança do PS. Nunca se protegeu com a invisibilidade. Nunca se escusou ao escrutínio e ao sufrágio públicos. Parece-me que António Costa tem uma aptidão para uma interlocução social bem mais vasta, que convoca socialistas e não socialistas. Tem a capacidade de tornar o partido o menos partidário possível e de estabelecer uma relação de confiança mais próxima e mais genuína com as pessoas. E esses são, nos momentos que vivemos, aspectos de primeira escolha dos cidadãos em geral.

    O Carlos César já defendeu que a coligação que o PS pode fazer se não tiver maioria absoluta deve ser com o PSD. Essa ideia repugna muitos dos apoiantes de António Costa que se situam mais à esquerda. Os socialistas que apoiam Costa têm muitas diferenças entre si, não têm?

    Qualquer que seja a preferência dos socialistas em relação à sua liderança o que é certo é que não terão todos a mesma opinião sobre a questão que refere como sobre muitos outros temas. Em todo o caso devo aclarar o que tenho dito. Desde logo que, qualquer que seja a posição liderante do PS num futuro governo, é imprescindível, ou pelo menos útil, dados os desafios com que nos confrontamos, estabelecer um compromisso estável com outros partidos e parceiros sociais com carácter de médio prazo. Depois, esse acordo, no que se refere a outros partidos, pode mas não tem necessariamente que assumir a natureza de uma coligação formal. Sendo necessária uma coligação para assegurar a constituição e viabilização de um governo e sendo o quadro partidário com a diversidade actual, deve ser tentado um entendimento com o PSD, que está no entanto provisoriamente prejudicado pela sua configuração ideológica actual com a liderança de Passos Coelho. O PP, está visto, não é um parceiro estável e compatível e os partidos à esquerda do PS fazem da sua função um empreendimento contra o Partido Socialista. Além disso insistem em estabelecer uma demarcação profunda e dificilmente ultrapassável em aspectos centrais da governação interna e de avaliação do nosso enquadramento externo. Isso, claro, não exclui acordos específicos e circunstanciais onde se mostrem úteis e possíveis. É esse o actual “estado da arte”. Embora seja importante dar atenção à sabedoria popular que alerta para “diz-me com quem andas que dir-te-ei quem és”, a verdade é que o PS não precisa nem deve abdicar dos seus valores para estabelecer compromissos que assumam importância crucial para o país. Não utilizo o conceito de “salvação nacional” mas falo de estados de absoluta necessidade em que essa concertação formal será imprescindível. Em todo o caso, o PS deverá procurar ser claro antes e depois de eleições sobre o que e com quem pretende procurar consensos mais duráveis. Uma orientação indeterminada nestes domínios pode não acabar em virtude e terminar em instabilidade crónica.

    O que é que o PS tem que fazer para vencer as próximas legislativas com uma votação muito reforçada?

    Demonstrar a consistência nacional e externa de uma política governativa diferente, que não se exclua das obrigações de consolidação orçamental mas que alivie os sacrifícios por que hoje passam os portugueses, modernize o país, aproveite melhor os seus recursos, relance a economia e a oferta e segurança de emprego, tranquilize os empresários e mobilize investidores. Que promova a transparência, a verdade e o seu escrutínio contínuo. Essa demonstração cabe, desde logo, à liderança do PS. É por isso que lhe estamos a atribuir tanta importância.

    Teve duas maiorias absolutas nos Açores, num terreno que foi durante mais de 20 anos do PSD. Como é que se faz?

    Peço-lhe modestamente para fazer uma correcção: tive uma primeira maioria relativa e três maiorias absolutas. Correria provavelmente um risco de imodéstia se lhe respondesse por inteiro à sua pergunta. Limito-me a dizer-lhe que venci eleições no exercício e no respeito escrupuloso pela democracia e por todos os direitos das oposições e que isso não me dá o direito de dar lições a alguém.

    Porque é que não pôs a hipótese de concorrer à liderança do PS?

    Porque entendo que outros, designadamente António Costa, têm boas condições e competências para o fazer.

    Tenho disponibilidade para ajudar e colaborar com quem exercer essa liderança e tenho o maior empenhamento em contribuir para um PS melhor, mais unido, mais mobilizador e mais bem considerado entre os portugueses. Estou, evidentemente, entusiasmado com a proposta de mudança em que participo.

    Neste momento, é presidente honorário do PS-Açores. O que gostava de fazer mais na política? Ser Presidente da Assembleia? Outra coisa?

    Sempre fui um activista político e um cidadão interveniente. Serei o que sempre fui.

    A candidatura de António Costa fez com que nestes dias os portugueses se esquecessem da brutal derrota do PSD. Isto não está a ser autofágico para o PS e uma benesse inesperada para o governo?

    A escassez da vitória do PS é que branqueou a derrota do PSD e do PP. Poucos minutos depois do apuramento dos resultados já era essa a opinião da generalidade das pessoas. Ficou a sensação imediata que o PS poderia “morrer na praia” nas próximas eleições legislativas. Este processo nada tem de autofágico mas é em tudo regenerativo. Ou o PS tem um novo líder, como acho que deve acontecer, ou o PS terá o mesmo líder com legitimidade refrescada. A unidade do PS deve ser reconstruída, porque ficou de novo abalada. Não se desejam unanimismos nem exclusões. Há pessoas, entre as que têm estado mais próximas de António José Seguro integrando a direcção política do partido, há pessoas, dizia, com muito valor, embora, infelizmente, existam outras que desenvolvem uma intolerância activa e dificultam confluências e participações importantes. Mesmo assim não serão essas intolerâncias residuais que porão em causa a unidade e a força que procurámos para enfrentar o próximo desafio eleitoral. Estaremos todos juntos sempre e sobretudo quando for preciso.

    Se, por hipótese, o governo se demitisse daqui a um mês, António José Seguro seria o candidato a primeiro-ministro. Os socialistas não teriam prejudicado severamente o seu partido com esta guerra civil?

    Não se trata de uma guerra civil mas sim de um apuramento democrático. O cenário que coloca não é minimamente credível. Aliás, seria completamente exótico que o país pudesse realizar eleições gerais mais cedo do que o PS eleições internas. Isso não impede que o PS tenha necessidade de resolver adequada e rapidamente o diferendo que sobreveio.

    António Costa chegou a admitir candidatar-se há ano e meio e depois fez um acordo com António José Seguro. Não teria sido mais avisado romper nessa altura, num congresso que foi marcado, do que manter uma unidade que pelos vistos era falsa?

    A atitude foi a de apostar no sucesso dos resultados de uma liderança que prometeu um novo impulso e que desejou um compromisso interno a que António Costa e outros responderam de forma verdadeira e colaborante. A actual direcção do PS só não teve a ajuda que descurou ou que recusou. Teve todas as oportunidades, inclusive nestas últimas eleições onde todos procuraram ajudar. Face aos resultados, o que agora se propõe, nesta última oportunidade antes das eleições legislativas, é que se apure o que é melhor para o partido e para o país.

    Percebeu porque da outra vez António Costa não concorreu?

    Provavelmente porque entendeu que havia ainda esta oportunidade de, nestas eleições europeias, o PS se afirmar de forma indiscutível como a esperança e a escolha da maioria expressiva dos portugueses. Assim não aconteceu.

    É possível ser secretário-geral do PS e presidente da Câmara de Lisboa? Costa deve abandonar a câmara?

    Não seria o primeiro a ter essa acumulação no país e no estrangeiro, mas deverá ser ele a tomar antecipada ou posteriormente essa decisão. (ionline.pt)

    por Ana Sá Lopes

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