O analista Fernando Lima diz que facto de o ministro moçambicano da Defesa, Cristóvão Chume, pedir paciência ao país, relativamente ao conflito em Cabo Delgado, significa o reconhecimento da gravidade da situação, sobretudo porque em Janeiro termina a missão da Força em estado de alerta da SADC.
As autoridades anunciaram, esta semana, a morte de mais 11 jihadistas em Cabo Delgado, mas, para Cristóvão, isso está longe de ser o princípio do fim da insurgência, realçando que neste novo momento, é preciso que o país tenha muita paciência, para que as operações militares continuem”.
O analista Fernando Lima diz que nunca houve, pelo menos ao nível militar, o sentimento de que a situação em Cabo Delgado ia melhorar repentinamente, mesmo sob o ponto de vista estritamente operacional, e é isso que está a acontecer.
Anotou que deixaram de acontecer os grandes ataques, nomeadamente, ocupação de vilas e aldeias, “mas continuam ataques esporádicos em grupos mais pequenos, com objectivos muito específicos: manter uma campanha de terror, por um lado, e por outro, ir buscar abastecimento”.