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    Bolseiros manifestam-se à porta do INAGBE para exigirem pagamento de 10 meses da bolsa

    Vários estudantes bolseiros de distintas universidades do País estão concentrados esta quarta-feira,22, junto às instalações do Instituto Nacional de Gestão de Bolsas de Estudo (INAGBE), no Talatona, em Luanda, para exigir o pagamento do subsídio de bolsa que está com 10 meses de atraso.

    O INAGBE diz que o complemento de bolsa é processado faseadamente e que os estudantes devem ter calma. Os visados negam ter havido pagamento de forma faseada e acusam a direcção do Instituto Nacional de Gestão de Bolsas de Estudo de estar agir de má-fé.

    “Somos estudantes universitários e bolseiros seleccionados pelo INAGBE para o ano lectivo 2020/2021, não recebemos o complemento de bolsa há um ano. Sempre nos pediram calma, mas, na verdade, a situação não é resolvida”, disseram os estudantes ao Novo Jornal.

    Segundo os manifestantes, face ao início do processo de matrículas nas universidades, que já começaram, necessitam dos subsídios para fazerem as confirmações.

    “A maioria de nós estuda nas instituições privadas, isto, por falta de vagas nas públicas. Nesta fase, os preços das propinas dispararam e não temos como efectuar os pagamentos por falta de valores”, disse António Fernando, estudante da Universidade Gregório Semedo.

    Marta Cristina, também bolseira, contou que as universidades só não nos expulsaram por serem bolseiros do INAGBE, mas assegurou que há de facto uma elevadíssima dívida a ser paga antes do arranque no novo ano lectivo, que começa no próximo mês.

    Os estudantes argumentam que desde o momento em que os nomes dos novos bolseiros saíram, para o ano lectivo 2020/2021, o INAGBE não paga os valores em causa.

    Conforme os estudantes, houve uma reunião com o director do INAGBE, Milton Chivela, que lhes prometeu que o processamento dos subsídios seriam feitos antes do dia 20 desde mês, mas até agora, prosseguem, “ninguém foi pago” e que por isso decidiram reivindicar os seus direitos em frente à instituição.

    Ao Novo Jornal, uma fonte da direcção do INAGBE, que preferiu não ser identificado, por falta de autorização, disse que o complemento de bolsa é processado faseadamente e já foram pagos mais de 1.000 estudantes, só neste mês.

    “Não há razões para protestos. Começamos a pagar os subsídios este mês e mais de 1.000 bolseiros foram pagos em 50% do valor da dívida, isso antes do dia 10 do corrente mês. Estamos a trabalhar para começarmos a pagar aos bolseiros com a média 14 para cima, isto ainda ao longo deste mês”, explicou a fonte.

    Em comunicado, divulgado ao princípio desde mês, ao qual o Novo Jornal deve acesso, o INAGBE refere que o complemento de bolsa está a ser processado faseadamente, sendo que, para os estudantes em formação, em nível de licenciatura, a primeira fase de pagamento deverá ocorrer até ao final do dia 10 do mês em curso e a segunda fase até ao final do dia 20, lê-se no comunicado do INAGBE.

    Na mesma nota, o Instituto diz aos bolseiros internos que o processo de averiguação da autenticidade dos certificados de habilitações do ensino secundário contínua em curso, e todo o estudante que usufruir indevidamente do complemento de bolsa por apresentar documentos falsos, vai ser responsabilizado civil e criminalmente pelo acto cometido.

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