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    BNA oferece aplicações em operações de crédito

    José Pedro de Morais - Governador do BNA (Foto: Rosário dos Santos)
    José Pedro de Morais – Governador do BNA (Foto: Rosário dos Santos)

    O Banco Nacional de Angola (BNA) continuara a oferecer, aos bancos comerciais, a possibilidade de direccionar as suas aplicações em operações de crédito ao sector produtivo e em obrigações ao sector do Tesouro, emitidas em taxa de juro, com percentuais acima da correcção cambial, anunciou hoje (terça-feira) o governador José Pedro de Morais.

    José Pedro de Morais ressaltou que esta acção será através do mecanismo das reservas obrigatórias, cujas aplicações permitem ao Tesouro ampliar a captação de recursos destinados à realização de investimentos, nas infra-estruturas fundamentais, para acelerar a diversificação económica.

    Afirmou que o sector produtivo nacional, beneficiado com novas infra-estruturas, terá a sua produção e os seus rendimentos aumentados, elevando-se a sua capacidade financeira e, assim, habilitar-se a novos créditos bancários, em condições de solvabilidades mais seguras e transparentes.

    Referiu que o BNA continua a buscar fontes adicionais de liquidez externa, através de acordos de intercâmbio de moedas, na base dos quais saldos de operações comerciais e, até mesmo, de operações financeiras com os seus parceiros, poderão ser pagos a partir da moeda nacional, o Kwanza.

    Salientou que o mais importante é reconhecer que o país, apesar da queda do preço do petróleo, ainda beneficia do facto de que a sua produção futura continua a constituir uma garantia sólida para aceder às linhas de créditos internacionais, para importação de bens e serviços estratégicos, para o relançamento da actividade económica em todo o país.

    Explicou que o estudo de banca aborda temas sobre inclusão financeira importante para o BNA, isto como meio de aumentar a bancarização dos fluxos de rendimento da economia, na qual é importante que os bancos ampliem as plataformas electrónicas necessárias.

    Esclareceu que o planeamento financeiro de cada cliente económico, aspirante à obtenção do crédito bancário, deve continuar a ser, em primeiríssimo lugar, uma preocupação do próprio banco concedente do crédito.

    “Em vez do banco rodear-se de garantias e deixar a conta do cliente à responsabilidade de educar-se, financeiramente, para compreender os riscos que estas taxas de juros elevadas e dos prazos curtos de reembolso, podem constituir-se em factor de ameaça à solvabilidade do crédito bancário”, acrescentou.

    O governador afirmou que alguns países, com um crescimento do crédito mal parado, fazem com que o cliente, por ignorância, seja levado por assuntos financeiros e assume os compromissos da banca, com juros elevadíssimos.

    Para tal, recai, em primeiro lugar, a responsabilidade do banco concedente do crédito verificar, no inicio do acto inicial, a elaboração da ficha cadastral do cliente e a absoluta incompatibilidade entre os seus rendimentos salariais, bem como o seu nível da divida que esta assumir, com uma taxa de juro totalmente desfasada da sua capacidade de pagamento.

    Recomendou que seja realizado um esforço em prol da educação financeira dos angolanos, começando, desde logo, com o planeamento financeiro da sua capacidade de pagamento. (Angop)

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