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    Berlinale dá voz a dissidência iraniana e Sean Penn apresenta novo documentário sobre Ucrânia

    O Festival de Cinema de Berlim, a Berlinale, cedeu neste sábado (18) seu tapete vermelho a atores e diretores iranianos dissidentes, durante um dia de compromisso político em que o americano Sean Penn apresentou um documentário em apoio à Ucrânia.

    Cerca de 50 atores, diretores e roteiristas posaram sob o slogan “Jin, Jiyan, Azadi” (Mulheres, Vida, Liberdade) escrito em enormes letras verdes e azuis no telão que preside o tapete vermelho, na entrada do Berlin Palast.

    Trata-se de uma referência ao lema das manifestações desencadeadas pela morte, em setembro, de Mahsa Amini, uma jovem curda iraniana de 22 anos, presa três dias antes por violar o rígido código de vestimenta islâmico.

    Alguns participantes brandiam seus próprios cartazes. Atrizes como Golshifteh Farahani, membro do júri, e Zar Amir Ebrahimi, tinham lágrimas nos olhos.

    Vitrine de reivindicações políticas, a Berlinale quis “dar voz ao povo” que luta por seus direitos há seis meses no Irão, explicou à AFP a codiretora do evento, Mariette Rissenbeek.

    – O fascínio de Penn por Zelensky –

    “Superpower”, o documentário do ator e diretor americano Sean Penn, apresentado fora da competição, é por sua vez uma homenagem à resistência ucraniana e a história de sua fixação no presidente Volodimir Zelensky.

    Penn estava em Kiev quando os primeiros mísseis russos atingiram o país em 24 de fevereiro de 2022.

    Conhecido por seu ativismo, o ator contou como o interesse inicial pela figura deste comediante que se tornou presidente se transformou em uma ‘obsessão’.

    “Foi uma forma comovente de conhecer alguém”, explicou em coletiva de imprensa. “Além do nascimento dos meus filhos”, confessou, “aquele encontro foi um dos grandes momentos da minha vida”, acrescentou.

    Depois de quase um ano de guerra, Zelensky conseguiu se manter no cargo e em Kiev, sob risco de vida para ele e sua família, e galvanizar os ucranianos na luta contra o invasor, superando o ceticismo inicial que despertava dentro e fora de seu país.

    Penn retornou ao país inúmeras vezes para filmar a situação no leste do território ucraniano, os danos causados pelos bombardeios e para dar voz a Zelensky, sempre vestido com um uniforme militar.

    Duas vezes ganhador do Oscar, o ator transmite uma mensagem pró-Ucrânia no filme.

    “Está claro que a palavra ‘propaganda’ pode ser usada para depreciar, o que para mim é a verdade sobre a unidade absoluta da Ucrânia (…) Fizemos um filme totalmente tendencioso porque essa foi a verdadeira história que encontramos”, enfatizou, se orgulhando de ser considerado um “propagandista”.

    A 73ª edição do festival dá atenção especial à Ucrânia e ao Irão, onde a repressão do regime levou vários cineastas à prisão. São 18 obras com tema voltado aos dois países.

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    FonteAFP

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