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    Benguela: Sindicato da Educação responde em tribunal por ‘’ilegalidades’’ nos descontos a professores

    VOA | João Marcos

    Um grupo de 200 professores apresentou no Tribunal de Benguela uma providência cautelar contra o Sindicato da Educação para exigir o fim da filiação, com a primeira audiência, nesta quarta-feira, 7, marcada por denúncias de manobras que viabilizam quotizações ilegais.

    Os requerentes, na sua maioria com cerca de 20 anos de trabalho, são os primeiros de um total de 2.000 professores descontentes com a entidade requerida, que faz questão de desvalorizar as críticas.

    Na sala do cível e administrativo do Tribunal de Comarca, a audiência até começou com um acordo entre os mandatários das partes, ao abrigo do qual o Sindicato da Educação promete facilitar uma desvinculação a título individual, mas nem isso travou a revolta de quem se sente injustiçado.

    Muitos professores, na condição de declarantes, disseram que nem mesmo filiados do Sindicato dos Professores (Sinprof) escapam a ilegalidades atribuídas à organização liderada por Joaquim Laurindo, igualmente secretário-geral da União dos Sindicatos de Benguela.

    ‘’Assinei pelo Sinprof, sou quotizada injustamente. Quando pedimos explicações nas nossas escolas, dizem, na direcção, que quem é do MPLA é mesmo assim, é só aceitar. Este sindicato tem convénio com os directores de escolas, há corrupção nos descontos compulsivos’’, salientam as professoras Alice e Paula.

    Doravante, segundo o advogado dos requerentes, Chipilika Eduardo, tudo será processado dentro dos marcos da lei

    ‘’Os procedimentos são baseados na lei e nos estatutos do sindicato. Cada um, a nível do sindicato, vai pedir a desvinculação, que será remetida à Educação (Ministério), que faz os descontos a partir da folha de pagamentos’’, indica o advogado.

    O advogado do Sindicato da Educação, José Caley, minimiza as acusações dos professores, mas realça que o acordo vai ser cumprido.

    ‘’São conflitos políticos e políticas sindicais, que são, aliás a razão deste processo. Se repararmos, as testemunhas são ligadas ao sindicato adverso. É assim em democracia, as organizações devem crescer, mas, com todo respeito, eu desclassifico tudo, para valorizar o acordo’’, argumenta o mandatário judicial.

    Atento ao desenrolar dos acontecimentos, o Sinprof diz que recebeu já mais de dois mil professores saídos do Sindicato da Educação, que sublinha, por seu turno, estar com a maior parte dos novos agentes do sector.

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