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    Benguela: Empresários cépticos com medidas do governo para controlar subida de preços

    A criação da Reserva Estratégica Alimentar em Angola, uma das medidas do Governo para baixar os preços da cesta básica dentro de três meses e cujo concurso público para a sua gestão está já a caminho não convence o empresário Paulo Neves para quem não são os decretos que mexem com a economia.

    ‘’Em Angola já não há dia das mentiras, mente-se todos os dias”, disse.

    A economia não se faz com decretos, a procura e a oferta é que determinam as coisas’’, disse o empresário paa quem ‘’estão a surgir novos monopólios, são leis feitas para proteger alguém grande’’.

    As medidas do Governo, que incluem o fim da burocracia nas importações e mais apoio à produção interna, continuam a ser delineadas, mas Paulo Neves, dono de uma superfície comercial com bens locais e importados, tem já um exemplo.

    ‘’Mandámos vir natas ‘mimosa’ de Lisboa, com altas taxas aduaneiras, mas conseguimos vender mais barato do que a nata nacional produzida pela ‘Momo’, sem qualidade nenhuma’’, salienta o comerciante, acrescentando que ‘’eles têm, assim sem concorrência, o monopólio, como terão determinados empresários’’.

    Por outro lado o empresário Carlos Cardoso, vice-presidente da Aliança Empresarial de Benguela após ter ouvido do secretário de Estado para o Planeamento, Nilton Reis, que a sua província recebeu em créditos 17 mil milhões de Kwanzas no quadro do programa de substituição das importações e diversificação das exportações, disse à TV Zimbo que ‘’as empresas dos angolanos, e segundo me dizem os associados, não têm sido satisfeitas”.

    “Perguntando, eles dizem que ‘isto está tudo num funil, só depois de passar pelo funil é que as coisas se fazem. Assim é preocupante’’, acrescentou.

    Apesar de ter admitido burocracia, o secretário de Estado insiste no PRODESI e no portal da produção nacional.

    ‘’De modo a que possamos saber onde e o que estão a produzir. Assim facilitamos os operadores comerciais que abastecem os mercados de consumo’’, disse o governante.

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