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    Banco de Moçambique antevê subida de preços em 2021

    Os preços deverão subir em Moçambique no próximo ano, mas a inflação vai manter-se em “um dígito”, prevê o banco central.

    “Perspectiva-se um incremento de preços domésticos devido ao término da vigência das medidas de contenção de preços decretadas pelo Governo”, sublinha o Comité de Política Monetária, além de “efeitos dos choques de oferta”.

    Ainda assim, em face da fraca procura por bens e serviços, “prevê-se que a inflação permaneça na banda de um dígito, em linha com as expectativas dos agentes económicos inquiridos em Outubro de 2020”.

    Impacto da Covid-19
    Para o próximo ano, o regulador prevê uma retoma lenta.

    “Após a contracção da actividade económica esperada para 2020, devido ao impacto da Covid-19 a nível doméstico, espera-se ainda uma retoma gradual do crescimento em 2021, impulsionada pelas actividades referentes à implantação dos projectos de exploração do gás na bacia do Rovuma”, destaca. Tudo isto num contexto em que “o desempenho dos sectores orientados para a exportação poderá continuar limitado pela fraca recuperação da economia mundial”.

    A análise foi publicada no dia em que o Comité de Política Monetária (CPMO) do Banco de Moçambique decidiu manter a taxa de juro de política monetária, (taxa MIMO) em 10,25%.

    “A decisão é justificada pelo agravamento dos riscos e incertezas”, justificou.

    O banco central manteve igualmente as restantes taxas e coeficientes.

    Divisas
    O Banco de Moçambique assegurou esta quarta-feira (21.10) que o país está bem guarnecido de moeda estrangeira e com reservas para mais de meio ano de importações, segundo o Comité de Política Monetária, numa altura em que o mundo enfrenta a pandemia de Covid-19.

    “O mercado cambial doméstico continua com níveis adequados de divisas”, anunciou em comunicado.

    O banco central detalhou que, ao longo do ano, o sistema bancário “comprou divisas no mercado cambial doméstico no valor de 3.980 milhões de dólares (3.355 milhões de euros), contra vendas de 3.928 milhões de dólares (3.311 milhões de euros)”.

    Ao mesmo tempo, registou-se a constituição de reservas internacionais brutas, elevando o saldo para 3.912 milhões de dólares (3.297 milhões de euros), “o que permite cobrir acima de seis meses de importações de bens e serviços”.

    No entanto, o contexto actual arrasta incertezas.

    “O metical [moeda moçambicana] continua a depreciar-se a ritmos moderados, reflectindo, entre outros factores, os riscos e incertezas prevalecentes na economia doméstica”.

    O regulador bancário alerta para um aumento da pressão sobre as finanças públicas “para mitigação dos impactos negativos da Covid-19 e para a cobertura de despesas relacionadas com a instabilidade militar nas zonas norte e centro do país”.

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