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    Austrália reverte decisão de reconhecer Jerusalém Ocidental como capital de Israel

    A Austrália reverteu nesta terça-feira uma decisão do governo anterior de reconhecer Jerusalém Ocidental como capital de Israel, dizendo que o status da cidade deve ser resolvido por meio de negociações de paz entre Israel e o povo palestino.

    A ministra das Relações Exteriores, Penny Wong, disse que a Austrália “sempre será uma amiga inabalável de Israel” e está comprometida com uma solução de dois Estados na qual Israel e uma futura Palestina coexistam em paz dentro de fronteiras internacionalmente reconhecidas.

    O governo compromete “a Austrália com os esforços internacionais na busca responsável do progresso em direção a uma solução de dois Estados justa e duradoura”, disse ela em comunicado.

    O Ministério das Relações Exteriores de Israel expressou “profunda decepção” com a decisão e disse que convocaria o embaixador australiano.

    “Jerusalém é a capital do povo judeu há 3.000 anos e continuará sendo a capital eterna e unida do Estado de Israel, independentemente desta ou daquela decisão”, afirmou o ministério em comunicado.

    O primeiro-ministro anterior, Scott Morrison, reverteu décadas de política no Oriente Médio em dezembro de 2018, dizendo que a Austrália reconhecia Jerusalém Ocidental como a capital de Israel, mas não transferiria sua embaixada para lá imediatamente.

    O ex-presidente dos EUA Donald Trump havia reconhecido Jerusalém como a capital um ano antes, sem entrar em detalhes sobre os limites de uma cidade cujo setor leste – a localização dos principais lugares sagrados judeus, cristãos e muçulmanos – os palestinos querem para sua futura capital.

    Os palestinos, cujas negociações de Estado patrocinadas pelos EUA com Israel pararam em 2014 e que boicotaram o governo de Trump por seus movimentos pró-Israel, elogiaram a reviravolta da Austrália.

    O ministro palestino das Relações Exteriores, Riyad al-Maliki, disse à Reuters que a Austrália deveria agora “dar o passo mais importante, que é reconhecer o Estado da Palestina à luz de seu compromisso com a solução de dois Estados”.

    Por Kirsty Needham e Dan Williams (Reportagem adicional de Ali Sawafta e Renju Jose)

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    FonteREUTERS

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