Cartão de débito e cheque de viagem têm agora taxa de cartão de crédito. Dinheiro vivo é única alternativa para pagar menos em compras no exterior.
O primeiro dia útil do ano começou em alta. Pelo menos, pro dólar. A moeda americana passou a casa dos R$ 2,40, mas fechou o dia valendo R$ 2,39.
O aumento do dólar é uma preocupação pra quem vai viajar para o exterior, mas não a única.
Além da cotação da moeda americana, o turista brasileiro perdeu em 2014 uma vantagem de uma alternativa que se tornava cada vez mais popular.
Nos últimos tempos, muitos brasileiros se acostumaram a carregar cartões de débito pré-pagos para não pagar o IOF do cartão de crédito nas viagens. Agora não tem mais jeito pois os cartões de débito e cheques de viagem já terão o imposto incluído. A única saída para não pagar o imposto é levando dinheiro vivo na viagem.
O IOF dos cartões pré-pagos, que até o ano passado era 0.38%, agora passou pra 6,38%. A mesma taxa do cartão de crédito.
O ministério da fazenda explicou que o objetivo da medida é evitar que um meio de pagamento seja preterido por outros. Para os economistas, existem outros motivos para a alta.
“É um misto de duas coisas. O governo pode estar tentando aumentar a arrecadação, é um nicho que ele não havia explorado ainda. Mas ao mesmo tempo, tenta proteger a indústria local, o comércio local”, explica o economista Jason Vieira
Até a mudança, o turista que levasse U$ 1mil para o exterior – com o cartão de débito internacional – pagaria U$ 3,80 de taxa, ou R$ 9. Agora, vai pagar U$ 63,80 – mais de R$ 150. É isso, ou o dinheiro vivo, a opção com a menor taxa.
“Portanto eu acho que o que pode acontecer é voltar o câmbio paralelo”, diz o advogado Marco Aurélio Ferreira Lisboa. (g1.globo.com)
Tiago Eltz