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    Aumenta comércio entre Angola e China

    As trocas comerciais entre Angola e a China subiram 41,89 por cento entre Janeiro e Outubro, para cerca de 3,2 triliões de kwanzas, com o país asiático a exportar mais 48,73 por cento, para 331,4 mil milhões de kwanzas, e a importar mais 41,13 por cento, para 2,8 triliões de kwanzas.

    Estatísticas oficiais chinesas relativas ao comércio com a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) indicam que as trocas entre os dois blocos cresceram 12,3 por cento entre Janeiro e Outubro de 2012, face ao mesmo período de 2011, fixando-se em 103,6 milhões de dólares.

    O Brasil, principal parceiro da China entre os oito países de língua portuguesa, viu as trocas comerciais subirem 2,91 por cento, para 68.862 milhões de dólares. Portugal teve negócios que ascenderam a 3.368 milhões de dólares, uma subida de 3,21 por cento em que as exportações chinesas caíram 11,18 por cento e as exportações portuguesas aumentaram 40,31 por cento.

    O ano de 2012 saldou-se por um aumento do comércio e do investimento entre a China e os países de língua portuguesa, envolvendo grandes empresas do conjunto da CPLP, que tiveram em Lisboa um epicentro de negócios.
    O início do ano foi marcado pelo investimento da China no sector energético em Portugal, com a aquisição de 21 por cento da EDP pela China Three Gorges (CTG), seguida da entrada na empresa Redes Energéticas Nacionais (REN) pela State Grid Corporation of China (SGCC). O interesse das empresas chinesas em Portugal deve-se em grande medida aos laços das empresas portuguesas com o Brasil e África, mercados onde gozam de posições dominantes.
    A criação de duas “joint ventures” em Angola e Moçambique, detidas em partes iguais pela REN e SGCC, é um dos compromissos que o grupo chinês apresentou na sua oferta de 387,15 milhões de euros por 25 por cento da REN, depois de a CTG se ter comprometido a investir 8,7 mil milhões de euros.
    A crise económica e financeira em Portugal e o pacote de privatizações em curso naquele país europeu atraiu também empresas angolanas, que estão a seguir processos como o da cadeia de televisão pública RTP e em breve deverão tomar posição na nova operadora de telecomunicações resultante da fusão da Zon com a Sonaecom.

    O investimento bilateral tem sido intenso nos últimos anos, com as empresas portuguesas a terem uma posição dominante no sector financeiro angolano, em bancos como o Fomento, Millenium Angola ou BESA. Simultaneamente, empresas angolanas e sobretudo a petrolífera estatal angolana Sonangol, têm estado a aumentar a sua posição em empresas portuguesas como a Galp Energia.

    Em 2010, quatro por cento das empresas listadas na bolsa portuguesa eram detidas por capitais angolanos, com um valor conjunto de 2,2 mil milhões de euros (2,9 mil milhões de dólares). O BIC fechou recentemente a compra do banco português BPN e têm havido relatos na imprensa de potenciais aquisições de outros bancos portugueses por investidores angolanos. (jornaldeangola.com)


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