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De acordo com o especialista Carlos Lopes, as informações mais importantes que um País pode deter para trabalhar, são as contas nacionais.
Para Carlos Lopes, em África, apenas 16 países têm as contas nacionais em dia, todos os outros ou têm problemas de atraso, ou têm problemas metodológico, nomeadamente os anos de base utilizados para se fazer as comparações é bastante atrasado, uma vez que não se pode ultrapassar o período de cinco anos.
A título de reflexão sobre a realidade de África em geral, o especialista avançou que a dívida pública da Holanda e Bélgica juntas, superam a dívida de todo o continente africano, mas as taxas de juro a que os primeiros são submetidos é de quase 0%, o que dá conta da elevada capacidade que estes países apresentam em matéria de compromisso financeiro, isto é, honrar com com as suas obrigações.
Recorde-se que em 2018, em Angola, o rácio da dívida pública terá sido de cerca de 84%, segundo a Estratégia de Endividamento de médio prazo 2019/201.
No capítulo da pressão fiscal, Carlos Lopes referiu que a Angola já tinha uma pressão de cerca de 30% e que, actualmente, a mesma ronda os 9%, mudança essa que deveu-se à incapacidade dos empresários de honrarem com as suas obrigações fiscais.