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    Afrikanita encanta Havana com performance de jazz

    0,364bac77-9d0d-4a99-80fd-b0ba47964889A cantora angolana Afrikanita proporcionou nessa quinta-feira à noite, no Teatro Nacional de Havana, um momento especial aos amantes de jazz, com uma performance de
    quase hora e meia, suportada pela Jazz Band de Joaquin Betancourt.

    “Boa noite! É a primeira vez que canto aqui em Cuba, mas a segunda que venho ao país. Estou muito contente por estar aqui”. Foi com essas palavras que a ex-integrante dos N Sex Love iniciou a apresentação, no âmbito da XXII Feira Internacional do Livro de Havana.

    Disposta a corresponder a exigência de actuar com orquestra, diante de um povo “apaixonado” pela cultura, Afrikanita fez-se ao palco só depois da primeira intervenção da Jazz Band.

    Iniciou a actuação, dedicada a cantora e amiga cubana Zunilda Remigio (aniversariante da noite), com um primeiro bloco de quatro temas, em que se destacam “Sujo” e “Eu Sei”, do seu segundo CD.

    Além das duas canções, a cantora interpretou nessa primeira aparição os números “Ainda Sonho” e “Da”, em que se evidenciaram o pianista e um dos saxofonistas da orquestra, vivamente ovacionados.

    O momento seguinte foi de alternância, com uma breve intervenção da orquestra, no tema “A Puerto Padre”, para logo a seguir voltar a estrela da noite, num dos mais clássicos temas de Filipe Mukenga, “Nvula”.

    Estava criado o cenário para a entrada da aniversariante da noite e convidada de honra. Zunilda Remigio interpretou as canções “Asai” e “Lo Material”, para em seguida voltar a “ceder” o palco a cantora
    angolana, agora chamada a interpretar “Fry Me a River”.

    A saída da convidada foi efémera, tendo regressado ao cabo dos dois temas, para o grande momento da noite: o dueto com Afrikanita.

    “Tenho uma pequena surpresa. Essa música eu canto desde os meus cinco anos de idade. Tenho um público muito educado, maravilhoso, que me aplaude, apesar do meu espanhol”, referiu a artista, antes de interpretar em dueto “Até Sempre Comandante”, de Carlos Puebla.

    O derradeiro número foi “Summer Time”, com o qual solicitou a Joaquin Betancourt a apresentação dos integrantes da orquestra, rendida a qualidade e ao rigor destes na leitura das notas.

    “Tive muito pouco tempo de ensaio, por causa da programação, mas eu e eles demos o melhor e fizemos o que fizemos. Para mim foi um momento muito rico, pois aprendi muito com eles”, confessou, no final da actuação que mereceu boa nota da plateia.

    Um dos assistentes do espectáculo, que o considerou acima do nível, foi o cantor angolano Sidney o Profeta, para quem a cantora soube explorar o palco e interagir com a plateia, sobretudo no tema “Sujo”.

    “A Afrikanita fez uma actuação excelente. Ela começou bem, em ritmo mais lento, mas começou a crescer no tema Sujo, em que agarrou o público, antes de desfilar os seus dotes vocais”, disse.

    Referiu que a cantora foi feliz na escolha dos últimos dois temas e conseguiu crescer mais em termos de actuação.

    A felicidade e reconhecimento a qualidade da cantora veio também da sua convidada, que considerou uma honra partilhar o palco com a artista, uma das vozes de referência do jazz em Angola.

    “Foi muito bonito e cómodo, porque a Afrikanita é uma artista muito modesta e humilde. Isso facilitou o trabalho”, confessou.

    Esta foi a derradeira actividade recreativo-cultural dos representantes da delegação angolana a Feira do Livro 2013, cujo grosso deixou Havana nessa quinta-feira de manhã, de regresso a Luanda.

    Até ao final do evento, a 24 de Fevereiro, Angola far-se-á representar apenas com exposições, lançamentos de livros e conferências.

    (portalangop.co.ao)

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