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    África do Sul pronta para se juntar à força de reserva em Moçambique, diz Ramaphosa

    Uma força de reserva sul-africana estará pronta para prestar assistência em Moçambique se for solicitada por organismos continentais e regionais, disse o Presidente sul-africano Cyril Ramaphosa.

    “Quando somos chamados a integrar uma força de reserva, a África do Sul estará sempre pronta a cumprir as nossas próprias obrigações continentais e regionais, mas agindo sempre de acordo com os nossos organismos regionais ou continentais”.

    Ramaphoa respondia virtualmente a perguntas perante o parlamento sul-africano.

    “É portanto vital que os países da região da África Austral, e de facto do continente africano, ajudem tanto a pôr fim ao conflito como a avaliar, e antes a abordar, os factores socioeconómicos e políticos que alimentam a violência”.

    Ramaphosa respondia a perguntas perante o parlamento seis semanas após a cidade de Palma, no norte de Moçambique, ter sido atacada por combatentes ligados ao Estado islâmico, matando dezenas de pessoas e provocando um êxodo que incluiu trabalhadores num projecto multi-bilionário de gás natural liquefeito da multinacional francesa Total.

    “Nós na SADC queremos atrair investidores para a África Austral, e quando empresas como a Total e outras se retiram como resultado de actividades de insurreição, é para nós motivo de grande preocupação”. E ao mesmo tempo que se tenta garantir a segurança de toda a SADC “queremos assegurar que haja crescimento económico na nossa região, nos nossos vários países, bem como no nosso continente”.

    Por seu lado a União Europeia (EU) considera o envio de uma missão de treino militar para Moçambique, onde já estão especialistas portugueses.

    O chefe da diplomacia da UE confirmou o envio de uma missão de apoio a Moçambique que acontecerá “tão rapidamente quanto possível”, pois a situação em Cabo Delgado exige um sentido de urgência que nem sempre existe.

    “O Governo de Moçambique tem vindo a pedir ajuda, vamos tentar enviar uma missão de treino… a fim de conter a situação de segurança”, disse Josep Borrell, no final de uma reunião dos ministros da Defesa do bloco comunitário nesta quinta-feira, 6, em que a ajuda a Moçambique esteve na agenda.

    Questionado se uma força poderia ser enviada até ao final deste ano, Borrell afirmou que esse horizonte temporal era demasiado longo e que a UE deveria agir mais cedo.

    “Se não formos capazes de enviar a missão até ao final deste ano, eu não consideraria isto como um bom resultado. Espero que o façamos antes”, respondeu Borrell na conferência de imprensa.

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