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    Adalberto Costa Júnior garante: Frente Patriótica Unida “não vai distinguir se os quadros forem do partido A ou do partido B”

    A Frente Patriótica Unida “mais forte e com maior amplitude consensual do que antes” foi hoje relançada pelos líderes da UNITA, Adalberto Costa Júnior, do PRA-JA Servir Angola, Abel Chivukuvuku, e do Bloco Democrático, Filomeno Vieira Lopes, mas foi ao recém re-eleito presidente do “Galo Negro” que coube o primeiro discurso dirigido a “todos os angolanos”.

    Um discurso em que prometeu que, caso esta plataforma política vença as eleições, não haverá distinções entre “quadros do partido A ou do partido B”.

    Numa comunicação dirigida aos angolanos, Adalberto convocou, em nome de Abel Chivukuvuku e de Filomeno Vieira Lopes “todos os patriotas” para se juntarem a “uma onda contagiante e visível em todo o território nacional”, prometendo uma “uma transição estável”, caso a Frente Patriótica Unida (FPU) vença as eleições gerais de 2022.

    E no apelo ninguém foi esquecido: das mulheres à juventude, dos profissionais de saúde às forças de defesa e segurança, dos trabalhadores da administração pública aos professores, todos foram convocados por ACJ, que garantiu, no discurso, que neste “núcleo de uma onda (…) não existirão comités de especialidade ou ordens superiores para engavetar soluções, mas existe sim um desejo sincero de trabalhar com todos, todos os que queiram erguer um País que se realiza todos os dias, valorizando o trabalho e a transparência”.

    “O País precisa de todos vós”, disse Adalberto dirigindo-se às forças de defesa e segurança: “Vós sois defensores e servidores do Estado angolano e não funcionários de algum partido político. Um polícia defensor do Estado, das suas populações, respeitador da Constituição, não pode estar contra uma manifestação pacífica. Não dispara contra manifestantes que informaram da sua intenção. Vós sois também vítimas do Estado partidário”.

    “O País tem poucos quadros e por isso o futuro precisa de todos os quadros. A FPU não quer distinguir, não vai distinguir, se os quadros forem do partido A ou do partido B, ou se nunca tiveram partido. O nosso propósito é trabalhar com todos os quadros que queiram realizar Angola”, prometeu.

    “É hora de todos darem um passo em frente, é hora de agir. A hora é agora”, disse o presidente da UNITA e também líder desta frente que congrega uma boa parte da oposição política ao MPLA, partido do Governo.

    Uma Frente que, diz Adalberto, “é agregadora”.

    “É uma ferramenta para todos os angolanos que sentem e sabem que chegou a hora de reconstruir o País, edificar uma sociedade mais justa e democrática, uma sociedade onde não existam bolsas de fome, onde não exista tanta miséria, tanta pobreza, tanto desperdício, tanta corrupção, tantos negócios escuros, tantas ‘ordens superiores'”, reiterou.

    Segundo Adalberto Costa Júnior, a FPU “expôs o regime à sua real debilidade ao ponto de abraçar com desespero um acto de autêntico suicídio do Estado de direito e democrático: o Acórdão 700/2021”.

    “O poder congregador, mobilizador da Frente Patriótica foi de tal modo aplaudido, de tal sucesso, que obrigou a abater referentes do Estado de Direito, derrubando em definitivo a independência do poder judicial, colocado ao mando das ordens superiores, anunciado por uma imprensa estatizada e instrumentalizada”, acrescentou.

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