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    Abate de árvores ameaça destruir mata do Huambo em 10 anos

    Em 10 anos a mata natural na província angolana do Huambo irá desaparecer devido ao alto ritmo de desflorestação, indica um estudo recentemente efectuado na província.

    O abate de árvores para lenha e produção de carvão nos últimos anos, avança a VOA, tem estado a destruir o ecossistema algo que pode ser um dos contribuintes para a seca que se faz sentir.

    O ambientalista, Mouras Cordeiro disse que um estudo recentemente realizado na província do Huambo no centro sul de Angola indica que “cortam-se por dia o equivalente 20 campos de futebol o que significa que se cortam em toda a província 200 hectares/dia”.

    “A esta velocidade nos próximos 10 anos nós não teremos mata natural no Huambo”, disse o ambientalista citando o estudo feito pela Faculdade de Ciências Agrárias.

    Fotografias aéreas que permitem a comparação do terreno entre 2010 e 2019 indicam que “a percentagem de desarborização é muito elevada no sul de Angola”.

    Para fazer face a necessidade das populações que se socorrem das matas para a sobrevivência, o especialista sugere a distribuição gratuita de gás de cozinha.

    “No Sul de Angola deveria ser adoptado um sistema como nos outros países africanos mais pobres do que nós em que cada cidadão recebe gratuitamente uma botija de gás do Estado e as botijas subsequentes serão pagas por ele”, disse.

    “Isso significa que o cidadão não vai a ter a possibilidade de utilizar lenha nem carvão ele vai ter sempre à disposição uma botija de gás”, acrescentou.

    Entretanto a seca está a colocar em risco a actividade de criação de gado e dos negócios associados, segundo o presidente da Cooperativa dos Criadores de Gado do sul de Angola, (CCGSA).

    Salvador Rodrigues apela ao governo a estender os seus projectos de construção de furos às fazendas.

    “ Está em curso um programa de furos sob a alçada do governo que a cooperativa pretende que a sua implementação seja extensiva igualmente às fazendas uma vez que se debatem com os mesmos problemas da falta de água quanto ao das populações”, disse

    Centro e setenta e três mil e 777 é o número de pessoas afectadas pela seca que coloca igualmente em situação risco 376.050 cabeças de gado, segundo dados oficiais da comissão provincial de combate à seca na Huíla até Julho do corrente ano.

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