Ativista foi assassinada em março e o caso mantém-se sem solução.
A Amnistia Internacional (AI) vai dedicar, este ano, a habitual campanha “Maratona de Cartas”, em dezembro, a mulheres defensoras dos direitos humanos, cada vez mais alvo de ataques por causa do seu trabalho.
“A ‘Maratona de Cartas’ é uma forma de todas as pessoas agirem. São milhões de pessoas a assinarem cartas, a fazerem uma petição específica e, este ano, estamos a fazer cartas para defender mulheres defensoras dos direitos humanos”, disse à Lusa o diretor da Amnistia Internacional Portugal, Pedro Neto.
Em foco estará o caso da vereadora do Rio de Janeiro, Marielle Franco, assassinada em março. “O que estamos a pedir é que seja feita justiça à sua família, para saber quem é o responsável pelo seu assassínio”, acrescentou Pedro Neto, adiantado que a campanha será dedicada a quatro outras mulheres defensoras dos direitos humanos.
A ideia é, segundo Pedro Neto, “dar atenção” às mulheres que, nas suas comunidades, “são líderes e motores de mudança para o bem e os direitos humanos e são perseguidas por causa disso”.
A campanha integra um conjunto de atividades anuais da organização e que, este ano, servem também para marcar os 70 anos da Declaração Universal de Direitos Humanos, que se assinala da 10 de dezembro. (Correio da Manhã)