O embaixador de Angola na Organização das Nações Unidas para a Educação e Ciência (UNESCO), Sita José, apresentou na quarta-feira, na sede da organização, em Paris (França), o percurso trilhado pelos angolanos durante o período do conflito armado e os esforços empreendidos para o alcance da paz.
O diplomata fez esta abordagem durante a apresentação do tema “A Cultura de Paz e o Diálogo Inter-religioso: A Experiência de Angola” inserida no Painel 8, com o tema “Como é que a consciência da multiplicidade da fé influencia a educação? Partilha de experiências sobre o diálogo Inter-religioso”, no âmbito da Conferência Internacional Sobre a Paz.
Durante a sua intervenção, o diploma apresentou, em imagens, uma visão geral sobre o contributo das igrejas angolanas para o processo de promoção da paz e consolidação da reconciliação nacional, bem como imagens que mostraram alguns sinais típicos da escala da violência das hostilidades sofridas durante a guerra civil de 1975 em Angola, a data da ascensão do país à independência, até Fevereiro de 2002.
Sita José apresentou igualmente o quadro institucional para o exercício da liberdade de religião, crença e culto em Angola, e as iniciativas de mediação empreendidas com as partes em conflito, bem como a exaltação das populações à tolerância e ao apaziguamento dos espíritos.
Para o embaixador, o perdão e a reconciliação são a chave para a construção de uma paz duradoura, daí até hoje, 16 anos depois, os angolanos vivem juntos em confiança e harmonia e trabalham para a evolução positiva da democracia multipartidária e para desenvolver o bem-estar sustentável e colectivo.
Sita José, que contou com os préstimos do director do Instituto Nacional para os Assuntos Religiosos, Castro Maria, referiu que a jornada comemorativa do 4 de Abril, Dia da Paz e Reconciliação Nacional, com a participação dos líderes e fiéis de todas as denominações cristãs e religiosas e da sociedade civil, demonstra a coexistência pacífica de todos e a promoção harmoniosa do diálogo inter-religioso.
O evento organizado pela Delegação Permanente da Côte d’Ivoire na UNESCO entre 17 a 19 deste mês serviu para os convidados fazerem uma abordagem profunda sobre o contributo das igrejas nos processos de consolidação da paz e diálogo entre os povos. (Angop)
