Os países da zona do euro aprovaram nesta segunda-feira uma contribuição de 150 bilhões de euros ao Fundo Monetário Internacional, FMI, e pedem a cooperação financeira de membros do G20. A decisão, tomada após uma conferência telefônica de 3 horas entre os representantes dos 17 governos, pretende ajudar indiretamente os países em dificuldade dentro da união monetária.
República Tcheca, Dinamarca, Polônia, e Suécia também vão ajudar o fundo. As contribuições foram repartidas na forma de empréstimos bilaterais, mais o valor total das contribuições ainda não atingiu o objetivo de 200 bilhões de euros, anunciado na última cúpula europeia. O governo britânico não participou do esforço para tirar o bloco da crise das dívidas e ganhar a confiança dos mercados, mas deve anunciar um aporte financeiro no início de 2012.
Pressionado a ter uma maior atuação na luta contra a crise, o Banco Central Europeu, BCE, avisou que não pode salvar sozinho a situação econômica na Europa e não se deve colocar todas as esperanças na instituição. De acordo com seu presidente, Mario Draghi, o BCE não irá comprar bilhões de euros em títulos das dívidas.
Já o governo francês destacou que apenas o FMI tem a capacidade e competência para aplicar e controlar os planos de recuperação das finanças públicas europeias e que o BCE não possui meios para isso.
Em viagem à Nigéria, a diretora do FMI, Christine Lagarde, alertou que a crise da dívida europeia representa um risco para todas as economias do mundo. O FMI aprovou nesta segunda-feira o repasse de 2,9 bilhões de euros a Portugal.
Fonte: RFI
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