As milícias xiitas iranianas deixaram a ofensiva para expulsar o Estado Islâmico (EI) da cidade iraquiana de Tikrit. As que respondem directamente ao governo de Bagdad, no entanto, continuam no campo de batalha, indicou um porta-voz do Pentágono, nesta sexta-feira.
As forças de combate que permanecem no campo de batalha “são as que estão sob o controle directo do Ministério da Defesa do Iraque”, declarou o coronel Steven Warren.
Os grupos paramilitares que integram as forças oficiais iraquianas e as “unidades de mobilização popular” são formadas por “patriotas iraquianos leais ao Ministério da Defesa do país”, disse Warren. Mas os grupos armados xiitas “dirigidos, infiltrados ou sob a influência do Irão foram afastados por completo do campo de batalha em Tikrit”.
A saída das milícias iranianas era uma das condições impostas pela coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos para intervir em Tikrit, confirmou o porta-voz. “Esta é uma boa notícia”, afirmou o porta-voz.
Por muito tempo, o governo dos EUA esteve receoso sobre a intervenção, sobretudo pelo apoio do Irão a algumas das milícias xiitas que tomam parte na batalha. Mas houve uma mudança na quarta-feira, quando o primeiro-ministro iraquiano, Haider al Abadi, solicitou que houvesse bombardeios contra o lado jihadista.
A coalizão realizou, na quarta-feira, ataques aéreos sobre a cidade situada a cerca de 160 km a norte de Bagdad.
Pela primeira vez, desde que as forças iraquianas deram início à ofensiva, em 2 de Março, a coalizão anti-jihadista interveio em Tikrit. (afp.com)