Quinta-feira, Maio 2, 2024
11.7 C
Lisboa
More

    Vice-presidente do Parlamento venezuelano em liberdade

    O Governo venezuelano libertou, na noite de terça-feira, o deputado opositor e vice-presidente da Assembleia Nacional (AN, parlamento), Edgar Zambrano, após 132 dias de prisão.

    A libertação foi anunciada através de um comunicado do procurador-geral designado pela Assembleia Constituinte, Tareck William Saab, e ocorre na sequência dos “acordos parciais alcançados” pelo Governo do Presidente Nicolás Maduro “e setores da oposição”.

    “Informamos a comunidade nacional e internacional que se fez efetivo o pedido, iniciando-se um processo de revisão, em cada uma das causas em curso”, poder ler-se no comunicado.

    Detido em maio por acusações de “traição à pátria”, Edgar Zambrano lamentou, em declarações aos jornalistas à saída da prisão militar de Caracas, a existência de presos políticos na Venezuela.

    “Numa democracia não devem existir presos políticos, os Direitos Humanos e as garantias constitucionais devem ser respeitados. A minha prisão foi injusta, violando a Constituição, a instituição universal da imunidade parlamentar e dos Direitos Humanos”, disse.

    Segundo a RTP que cita a Lusa, a oposição já reagiu ao anúncio e atribuiu a libertação de Zambrano à pressão nacional e internacional “contra a ditadura”.

    “A libertação de Zambrano e de outros presos políticos é uma vitória da pressão internacional e do relatório de Bachelet [Alta Comissária da ONU para os Direitos Humanos], não uma `gentileza` da ditadura”, reagiu o líder opositor, Juan Guaidó, na rede social Twitter.

    “É uma conquista daqueles que não se rendem. Liberdade para a Venezuela”, escreveu Guaidó.

    Segunda-feira, o Governo do Presidente Nicolás Maduro e quatro pequenos partidos opositores (Avançada Progressista, Soluções para a Venezuela, Movimento Ao Socialismo e Cambiemos) chegaram a um acordo para instalar uma nova mesa de diálogo.

    O acordo foi assinado em Caracas, na Casa Amarilla (Ministério dos Negócios Estrangeiros), e prevê que os deputados do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) regressem de imediato à Assembleia Nacional (parlamento, onde a oposição detém a maioria), acusada de desacato pelo regime.

    Também que seja formado um novo Conselho Nacional Eleitoral, que sejam dadas garantias aos processos eleitorais e que alguns presos políticos beneficiem de medidas alternativas à prisão.

    Por outro lado, o acordo prevê a defesa dos “direitos legítimos” da Venezuela sobre o território Esequibo, em disputa com a vizinha Guiana, e a condenação das sanções económicas contra a Venezuela.

    O acordo prevê também que a Venezuela ative um programa de intercâmbio por alimentos e medicamentos, em concordância com os mecanismos técnicos existentes na ONU.

    Publicidade

    spot_img

    POSTAR COMENTÁRIO

    Por favor digite seu comentário!
    Por favor, digite seu nome aqui

    Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.

    - Publicidade -spot_img

    ÚLTIMAS NOTÍCIAS

    Tarrafal e a Memoria

    O Advogado, Escritor e Político italiano Marco Túlio Cícero escreveu e cito que a "História é testemunha do passado,...

    Artigos Relacionados

    Social Media Auto Publish Powered By : XYZScripts.com
    • https://spaudio.servers.pt/8004/stream
    • Radio Calema
    • Radio Calema