A Unesco anunciou hoje a atribuição do prémio anual de liberdade de imprensa Guillermo Cano ao fotógrafo egípcio Mahmoud Abu Zeid, preso no seu país desde agosto de 2013 e em risco de ser condenado à pena de morte.
A Unesco – Organização das Nações Unidas (ONU) para a Educação, a Ciência e a Cultura enfatizou num comunicado que a detenção de Abu Zeid, conhecido pelo pseudónimo Shawkan, foi qualificada como arbitrária e contrária aos princípios da Declaração Universal dos Direitos Humanos e do Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos pelo Grupo de trabalho da ONU sobre esta questão.
A presidente de júri, María Ressa, disse que, ao conceder este prémio ao fotógrafo egípcio, queria “honrar a sua coragem, resistência e o seu compromisso com a liberdade de expressão”.
A cerimónia de entrega será no Gana, no dia 2 de maio, durante as comemorações do Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, que este ano é intitulado “Média, Justiça e o Estado de Direito: os contrapoderes do poder”.
O prémio, de 25 mil dólares, é batizado em homenagem ao jornalista colombiano Guillermo Cano Isaza, assassinado em 17 de dezembro de 1986, em frente ao seu jornal, El Espectador, em Bogotá.
Shawkan foi preso em 14 de agosto de 2013, quando cobria uma manifestação na Praça Rabaa Al Adawiya, no Cairo.
No início de 2017, o gabinete do procurador solicitou a pena de morte ao fotógrafo.
(Sic Notícias)