Os professores do ensino geral que não receberam o subsídio de exames de 2019 na província do Uíge e que, segundo eles, foram detidos e torturados durante a manifestação de 1 de Julho pela Polícia de Intervenção Rápida, vão à justiça para responsabilizar os agentes por alegada violação de direitos humanos.
Salomão Sungo, coordenador e porta-voz do grupo de “professores destemidos”, como se auto-proclamam, disse à Voz da América que os advogados aguardam apenas toda a informação necessária, garantindo que, houve de facto, violação dos direitos humanos.
De acordo com o porta-voz, alguns professores foram agredidos de forma violenta e tiveram as suas batas rasgadas, viram os seus telefones e megafones destruídos. Por estes factos, garantiu que na semana que vem darão entrada da acção criminal contra a Polícia.
A coordenadora adjunta do grupo, Madalena António garantiu que estão determinados “a sofrer as últimas consequências até verem resolvido o problema”.
Entretanto, a Voz da América sabe que a delegação provincial da Educação no Uíge, já pediu desculpas públicas aos professores pelo não pagamento do subsídio de exame de 2019 e prometeu resolver o problema.
A Voz da América contactou a delegação provincial da Polícia Nacional no Uíge para ouvir a sua versão, mas não obteve resposta.