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    Três partidos angolanos abrem processo judicial pela detenção de parlamentares da UNITA

    Deputados continuam presos há três dias no Cafunfo onde movimento pró-autonomia denuncia presença “massiva” de forças militares

    Os três principais partidos da oposição angolana – UNITA, CASA-CE e PRS – decidiram abrir um processo-crime contra o Executvo de João Lourenço pela prisão de deputados afectos ao grupo parlamenar da UNITA no Cafunfo.

    Os parlamentares foram detidos quando tencionavam entrar no Cafunfo, na Lunda Norte, onde no fim de semana passado várias pessoas foram mortas pela Polícia Nacional (PN) em confrontos com simpatizantes do Movimento do Protectorado Lunda Tchokwe.

    As autoridades angolanas recusam-se a permitir uma investigação independente e prenderam os deputados quando estes pretendiam entrar na vila para falar com os familiares das vítimas e averiguar o que se passou.

    Ao falar em nomes dos três partidos, o líder parlamentar da UNITA, Liberty Chiaka, disse que para além da acção criminal serão levadas a cabo outras acções, incuindo uma greve de fome em solidariedade com os deputados presos.

    “O que se está a passar na Lunda, no Cafunfo, é um crime, é uma violação”, reforçou Chiaka quem disse estarem programadas uma vigília e “actos de solidariedade em todo o país”.

    Movimento do Protectorado nega acusações do Governo

    Entretanto, num comunicado, o Movimento do Protectorado da Lunda Tchokwe negou acusações de ligações com elementos da Republica Democrática do Congo ou de interesses na exploração de diamantes e reafirmou que o seu líder, José Mateus Zecamutchima, não está foragido e nem foi contactado pelo Governo ou pela procuradoria.

    Na terça-feira, o ministro do Interior, Eugénio Laborinho, tinha afirmado que Zecamutchima tinha sido indiciado, mas que encontrá-lo seria como “procurar uma agulha num palheiro”.

    No comunicado, o movimento acusou o Governo angolano de “a todo o custo pretender inverter a verdade dos factos” transformando “simples manifestações pacíficas e populares num problema militar”.

    “O Movimento do Protectorado Português da Lunda Tchokwe, não possui armas, não possui exército, não é um auto–proclamado Movimento, é uma emanação do povo Lunda Tchokwe em defesa dos seus direitos cívicos, políticos e naturais, plasmados na CRA(constituição), na Carta da ONU, da Carta Africana dos Direitos do Homem e dos Povos e na Declaração Universal dos Direitos Humanos. Todos os nossos actos são públicos (consultar o blog do MPPLT)”, diz o comunicado

    A nota denuncia também “a presença massiva de uma grande componente de forças militares nas localidades de Capenda Camulemba, Cuango, Xá Muteba e a localidade de Cafunfo.

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    FonteVoA

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