Desde março de 2013 que o ALMA, um poderoso telescópio, desvenda o processo de formação das galáxias e do sistema solar.
Sessenta e seis antenas gigantes, de alta precisão, recebem ondas microscópicas, provenientes de todo o Universo.
São as ondas de rádio, recebidas pelas antenas, que permitem ao ALMA construir imagens idênticas às que seriam, hipoteticamente, obtidas por um telescópio gigante:
“Podemos dizer que o ALMA complementa a astronomia clássica, ele estuda um comprimento de onda do milímetro ao submilímetro. A radiação que recebemos é muito fraca, porque vem de muito longe, e é aí que entra o ALMA. Precisamos de muitas antenas e de um lugar onde a radiação não seja perturbada pela atmosfera”, explica o astrónomo Gianni Marconi.
O telescópio é um projeto conjunto entre parceiros da América do Norte, Europa e Ásia Oriental. Neste momento, os cientistas estudam os mistérios da formação das estrelas massivas, a colisão de cometas, o nascimento de sistemas planetários e outros mecanismos do nosso universo:
“O ALMA é uma janela de oportunidades. Imaginem este edifício que está ao nosso lado, tem uma série de janelas de um lado e nada do outro. Deste lado há uma parede. O ALMA abre uma janela nesta parede e percebemos que há outro horizonte para lá dela”. É isso que o ALMA está a fazer, a abrir horizontes para o começo do universo, o início da formação das estrelas ou da nossa estrutura cósmica”, acrescenta o astrónomo.
O custo do projeto é de mais de mil milhões de euros e levou quase duas décadas a ser concretizado. (euronews.com)