O hospital de Bezançon, em França, está a testar um promissor fármaco na luta contra o cancro da mama. Chama-se T-DM1, encontra-se na terceira fase dos ensaios clínicos e é, de forma geral, bem tolerado, pelas pacientes. É o que testemunha Chantal Blind que afirma não ter náuseas nem sentir um grande cansaço.
Um estudo, em que participaram mais de mil mulheres, demonstrou que o T-DM1 permite um aumento da esperança de vida. Após dois anos de tratamento, 65,4 por cento das pacientes sobreviveram. Com outras terapias, a taxa é de 47,5 por cento.
O fármaco ataca diretamente as células tumorais.
É constituído pelo anticorpo transtuzumab e pelo fármaco citotóxico DM1 (que até agora não era usado por ser muito tóxico). No entanto, a associação com o transtuzumab reduz a sua toxicidade até atingir as membranas das células tumorais. Só então é libertado diretamente dentro dessas mesmas células.
Xavier Pivot, do serviço de oncologia do Hospital Universitário de Bezançon, explica: “Quando a disseminação da doença fora do seio é mínima, falamos de tratamento adjuvante. Nesse caso, será por um tempo muito limitado e, então, vamos curar oito a nove mulheres em dez graças a este tratamento.”
Anne-Christine Julia também escolheu esta terapia, depois de ter sofrido uma recaída de um cancro da mama. Hoje, esta assistente social vê o futuro com outros olhos. “Eu utilizo o termo remissão. Já tive outro cancro, este é o segundo, por isso, considero que estou em remissão. O oncologista disse-me que estava curada” afirma.
De acordo com os investigadores, este tratamento abre as portas a uma série de armas novas contra o cancro da mama. Já estão a ser testados outros fármacos que também atacam diretamente a célula cancerígena.
Fonte: EURONEWS