O secretário de Estado do Comércio Externo, Alexandre de Sousa Costa, destacou, em Genebra (Suíça), o crescimento das economias da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), durante um fórum sobre a cooperação entre os Estados membros.
O secrtário de Estado fez este pronunciamento durante o encontro subordinado ao tema “Em direcção a um sistema comercial mais inclusivo – comércio e desenvolvimento no quadro da lusofonia: reforço de capacidades para a Facilitação do Comércio no contexto pós Bali”, à margem do Fórum Público da Organização Mundial do Comércio (OMC) que decorreu em Genebra.
Disse que de uma forma geral, com algumas excepções decorrentes da crise financeira de 2008, as economias dos países da CPLP têm crescido de maneira substancial, a tal ponto que, juntas, equivalem a sexta economia mundial, com um Produto Interno Bruto de 2,5 milhões de dólares.
“Constitui um facto a existência das potencialidades para que a lusofonia seja um espaço económico integrado. Nos parece existir ainda um longo caminho a ser percorrido”, afirmou, acrescentando que “conscientes disso, os nossos governos têm trabalhado no sentido de tirar o máximo proveito da nossa especial e duradoura relação”.
Segundo Alexandre Costa, para dar uma maior substancia à cooperação económica, empresarial entre os estados membros, criar uma visão prospectiva para o crescimento sustentável e de prosperidade partilhada, os ministros do comércio dos países da CPLP adoptaram em Luanda, em 2012, uma Estratégia de Promoção do Comércio e do Investimento.
A Estratégia, prosseguiu, focaliza-se na cooperação económica, empresarial em “Clusters”, em sectores de desenvolvimento de interesse comum, designadamente: Conhecimento (Investigação e Desenvolvimento); Novas Tecnologias; Agricultura e Desenvolvimento Rural; Infra-estruturas; Mar e Recursos Naturais; Energia e Turismo.
Referindo-se às negociações comerciais multilaterais, considera que os resultados do Ciclo de Doha até agora obtidos constituem uma etapa importante para redinamizar o sistema comercial multilateral.
Indicou que Angola está interessada na facilitação do comércio e já tem implementado medidas aduaneiras e comerciais inseridas nos compromissos internacionais, salientando que o país é signatário do Protocolo da SADC sobre trocas comerciais que contem disposições relativas aos procedimentos alfandegários e à facilitação do comércio.
Concluiu que para Angola, o Acordo da OMC sobre a Facilitação do Comércio complementa os esforços que o país tem empreendido no quadro da política económica para tornar os procedimentos aduaneiros e comerciais mais evoluídos e eficazes. (portalangop.co.ao)
