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    Sonangol tem de se fortalecer para desenvolver produção petrolífera

    O especialista em petróleos do Centro de Estudos e Investigação Científica (CEIC) de Angola disse hoje que a petrolífera estatal Sonangol deve fortalecer-se técnica e financeiramente para assumir mais responsabilidades na produção petrolífera e de gás no futuro.

    “O país é muito dependente dos petróleos e das multinacionais e, no futuro, se não fortalecermos técnica e financeiramente a Sonangol, algumas descobertas (de reservas petrolíferas) não vão produzir”, salientou José Oliveira em declarações à Lusa, à margem da conferência Luanda Oil & Gas and Renewable Energy, organizada pela Petroangola, que decorre até sexta-feira no Centro de Convenções de Talatona, em Luanda

    “Nós vamos consumir petróleo mais 20 ou 30 anos e precisamos de nos preparar para quando as companhias não quiserem desenvolver determinadas descobertas por que não dão grandes rendimentos. A Sonangol tem de estar preparada para assumir e não é só tecnicamente, tem de estar preparada financeiramente”, sublinhou o investigador da Universidade Católica de Angola.

    Por agora, reconhece, a petrolífera angolana está tão débil financeiramente que nem a sua capacidade técnica consegue desenvolver, “uma crise” que vem de anos anteriores em que houve má gestão e maus investimentos.

    Para José de Oliveira, a solução pode passar por um parceiro estratégico adequado no processo de privatização, “que se calhar não se contenta” com 30% do capital que deverá ser alienado, mas que poderá ajudar a reforçar a capacidade interna e as condições tecnológicas.

    Por outro lado, embora a Sonangol “esteja a preparar-se para sair do vermelho”, o especialistas em energia admite que possa vir a ser necessário que o Estado reforce financeiramente a empresa para que esta tenha capacidade de assumir as suas responsabilidades, incluindo no setor do gás, onde deve também assumir um papel preponderante.

    “Já temos LNG (gás natural liquefeito) e devemos continuar, vamos ter algum dia de fazer fertilizantes e vamos ter de fazer hidrogénio e amónia, não se admite que sendo este um dos combustíveis do futuro Angola não o produza”, sublinhou

    Quanto à transição energética, José de Oliveira admite que Angola não está para já muito preocupada em definir esse processo por que é um país de fontes renováveis, sobretudo de matriz hídrica na produção de eletricidade e está a iniciar o investimento na energia solar.

    “Para já, precisamos das receitas do petróleo e do gás e é aí que temos de fazer mais esforços”, destacou.

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