A empresa nacional de comercialização de diamantes “Sodiam” arrecadou de receitas brutas, durante o segundo trimestre deste ano, USD 316 milhões e 527 mil, um aumento de 21 por cento em relação ao primeiro trimestre, segundo o seu administrador, Fernando Amaral.
Do referido valor, 295 milhões e 39 mil dólares (93%) são provenientes da actividade industrial, enquanto USD 21 milhões e 487 mil (6 porcento) têm proveniência a exploração artesanal.
Em declarações à imprensa, à margem da 2ª reunião de “Outlook”, relativa à actividade de comercialização de diamantes do 2º trimestre de 2018 e a análise das perspectivas do mercado para o 3º trimestre, o gestor explicou que os diamantes comercializados no período foram essencialmente provenientes das províncias da Lunda Sul (85 porcento) e Lunda Norte 15 porcento.
Essa comercialização é resultado da produção de dois milhões, 315 mil e 719 quilates, dos quais mais de dois milhões e 146 mil quilates (92 porcento) são provenientes a produção industrial e 169 mil e 270 quilates (7 porcento) da produção artesanal.
Segundo o responsável, mais de um milhão e novecentos e oitenta e cinco mil, representando 85 por cento do volume eram de origem kimberlítica e 330 mil e 49 quilates (14,3%) de origem aluvionar.
O preço médio total do período situou-se em 136,69, sendo que para produção industrial o preço fixou-se em 137,45 dólares e para produção artesanal 126,94.
As reuniões de “Outlook”, relativa à actividade de comercialização de diamantes do 2º trimestre de 2018 e a análise das perspectivas do mercado para o 3º trimestre são realizadas trimestralmente pelo Ministério dos Recursos Minerais e dos Petróleos em parceria com as empresas do sector, de modo a garantir maior transparência no processo de compra e venda de diamantes brutos e acompanhar a actividade de vendas dos diamantes produzidos em Angola.
Pretende-se igualmente aferir a evolução do preço no mercado internacional, acompanhar os fundamentos do mercado internacional em relação à procura e oferta, durante o trimestre em análise, avaliar o desempenho das empresas de comercialização de diamantes, assim como em relação ao período anterior.
O Conselho de Ministros aprovou a 27 de Junho, durante a 6ª sessão ordinária orientada pelo Presidente da República, João Lourenço, a política de comercialização de diamantes brutos.
A medida visa assegurar um sistema eficaz e mais transparência ao processo de compra e venda de diamantes, uma vez que a política que vigorava era essencialmente baseada em clientes preferenciais, em que um grupo restrito de empresas tinha o direito de comprar toda a produção de diamantes do País. (Angop)