O Sindicato Livre da Magistratura (SYLIMA) e o Sindicato Autónomo da Magistratura (SAM) do Mali observam, desde 25 de Julho, uma greve ilimitada para reclamar por um aumento salarial e maior segurança nos diferentes tribunais do país.
Segundo um comunicado das duas entidades sindicais, divulgado pela Pana, a decisão de prosseguir a greve foi tomada depois de uma reunião com o ministro da Justiça, Tiénan Coulibaly.
“O fim da greve vai depender das resoluções da Assembleia Geral extraordinária dos sindicatos dos magistrados prevista para sexta-feira no Tribunal de Apelação de Bamako”, nota o comunicado, sublinhando contudo que os sindicatos dos magistrados apreciaram positivamente o compromisso assumido pelo Presidente da República, Ibrahim Boubacar Kéita, de colocar os magistrados em melhores condições de vida e de trabalho.
O Presidente Ibrahim Boubacar Keita, que preside ao Conselho Superior da Magistratura, reuniu-se, na semana passada, com os sindicatos da magistratura e prometeu-lhes dar maior segurança aos tribunais nos próximos dias, mas avisou que o país “não tem meios actualmente” de aumentar os salários dos magistrados e que uma concertação terá lugar em Dezembro e Janeiro sobre esta questão.
Ibrahim Boubacar Keita instruiu o Governo a restabelecer os salários do mês de Setembro dos magistrados suspensos pelo Ministério das Finanças.
Desde o desencadeamento desta greve, várias missões foram realizadas por personalidades do país e pelo Parlamento para pôr fim a este movimento grevista mas sem sucesso. (Angop)
