Santana joga ao ataque contra Marcelo Rebelo de Sousa e diz que o professor é “irrequieto politicamente”
Pedro Santana Lopes antecipou-se a Marcelo e a Rui Rio, que no PSD são vistos como candidatos fortes nas presidenciais de 2016, e assumiu que deu “o pontapé de saída na corrida presidencial”. No seu comentário na CMTV, o ex-primeiro-ministro explicou as razões que fazem dele um bom candidato e por que é que Marcelo Rebelo de Sousa, Rui Rio e Durão Barroso não têm perfil para o cargo.
A possibilidade de Santana avançar para Belém ganha cada vez mais peso, principalmente depois de Marques Mendes ter revelado que o provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa era “claramente o preferido” de Passos Coelho.
O próprio Santana dá razões para entrar nesta corrida. “Eu já estive anos na Cultura, estive anos no Desporto, no poder local, fui primeiro-ministro, fui deputado europeu. Conheço as várias áreas. E, portanto, acho que não estou excluído”.
A um ano e seis meses das presidenciais, Santana não só quer colocar o tema na agenda política, como critica abertamente os outros possíveis candidatos da área do PSD. Marcelo Rebelo de Sousa é o nome que as sondagens apontam como o mais forte, mas Santana Lopes cola-lhe o rótulo de “irrequieto politicamente”, apesar de ser “um bom professor e um grande analista”.
Foi, aliás, por entender que Passos Coelho estava a falar dele, quando excluiu de Belém “um cata-vento de opiniões erráticas”, que o ex-líder do PSD se afastou da corrida presidencial. Mas Santana também apontou razões para que o candidato não seja o seu amigo de longa data Durão Barroso. “Os portugueses não lhe perdoam a maneira como ele saiu”, disse o provedor da Santa Casa, referindo-se à decisão de Barroso de abandonar o governo para ser presidente da Comissão Europeia. E, por último, Rui Rio, que já foi apontado por alguns sectores do CDS como o melhor candidato, tem “mais perfil” para primeiro-ministro ou para vice-primeiro-ministro. “Não sou só eu que acho isso. É uma pessoa dura, bom gestor, o perfil dele não é tanto o de um chefe de Estado”.
A confusão que reina à direita sobre as presidenciais entra em contraste com a unidade à esquerda à volta da possível candidatura de António Guterres. Mas o facto de Costa ter defendido a candidatura do ex-líder do PS, em entrevista ao jornal “Público”, não agradou aos apoiantes de Seguro. “Guterres não quer seguramente fazer parte da agenda das primárias. Não o ajuda muito quem o forçar a ser protagonista agora. Parece óbvio. Não é preciso muita imaginação”, escreveu, nas redes sociais, Eurico Brilhante, do Secretariado Nacional do PS.
Costa defendeu que Guterres é “seguramente o melhor” candidato que “a esquerda poderia ter”. Guterres admitiu, em meados de Maio e pela primeira vez, “uma probabilidade, mesmo que mínima, de isso acontecer”. (ionline.pt)
por Luís Claro