A elevada burocracia, a dificuldade em agilizar a administração e a redução de financiamento ao Ensino Superior levaram o reitor da Universidade de Lisboa, António Cruz Serra, a lançar farpas aos governos e às Finanças, que no seu entender “tratam as universidades como marginais”.
“A gestão correta da universidade é muito difícil com este ministro da Educação, mas foi com os anteriores e foi com os futuros”, começa por dizer o reitor da Universidade de Lisboa, numa entrevista ao Diário de Notícias marcada por críticas.
Mais agilidade administrativa, menor burocracia e mais financiamento são as reivindicações de António Cruz Serra, que entende que “as Finanças tratam universidades como marginais”.
“As Finanças não têm capacidade de responder às solicitações e isso traduz-se num bloqueio constante ao nosso funcionamento”, lamentou, dizendo que já teve “duas promessas do primeiro-ministro para alterar o regime jurídico, mas claro que não foram cumpridas”.
Frisando que “nunca a universidade teve tão pouca autonomia como tem hoje”, António Cruz Serra afirmou que “se houvesse a alteração de um conjunto de regras, a gestão da universidade não seira um inferno em muitas situações. Esse é o maior problema, a par do baixo financiamento público”. (noticiasaominuto.com)