Os Estados da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) que possuem e exportam recursos energéticos têm um crescimento mais forte do que os desprovidos desses recursos, salienta o Banco de Portugal no número dois dos seus “Cadernos da Cooperação”, ontem divulgado.
As diferentes taxas de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) evidenciam esta diferença, ao separarem Timor-Leste (10,4 por cento), Moçambique (8,4 por cento) e Angola (7,1 por cento) de Cabo Verde (4,1 por cento), São Tomé e Príncipe (4,5 por cento) e Guiné-Bissau (2,5 por cento). Portugal está em recessão económica.
O banco central português particulariza que em Timor-Leste as receitas do petróleo permitem um “avultado programa de investimentos públicos”, em Angola foi aprovado um orçamento expansionista para 2013, ao passo que em Moçambique o crescimento económico beneficiou do início da produção de carvão e vai beneficiar com o desenvolvimento da extracção de gás natural.
Ao contrário, Cabo Verde sofreu com um ambiente externo adverso, apesar de ter beneficiado do “bom comportamento das receitas de turismo”, São Tomé e Príncipe “parece reflectir a relativa escassez de financiamento externo”, que lhe reduz o crescimento, enquanto a Guiné-Bissau sofreu com o agravamento da instabilidade política.
Desde ontem, qualquer pernoita até 10 dias numa unidade hoteleira em Cabo Verde é onerada em dois euros, medida para permitir, segundo o Governo, uma arrecadação de receitas superior a 5,4 milhões de euros anuais. Ler mais. (jornaldeangola.com)