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    Rebeldes pró-russos invadem quartel de Odessa e libertam activistas detidos

     

    (D.R)
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    Mil a dois mil activistas pró-russos atacaram a sede da polícia em Odessa, uma cidade no Sul da Ucrânia, junto ao mar Negro, e começaram a libertar os seus camaradas que lá estavam detidos, após a violência de sexta-feira em que morreram pelo menos 46 pessoas.

    “Estão ali a exigir que libertemos os prisioneiros”, disse à Reuters um porta-voz da polícia regional. Cerca de 170 pessoas foram detidas após os confrontos de sexta-feira, mas 50 foram entretanto libertadas, precisou.

    Um primeiro portão foi deitado abaixo com dois camiões, relata a AFP. Os manifestantes, armados de matracas, reclamam a libertação dos pró-russos que atacaram os manifestantes a favor da unidade da Kiev. Estes ripostaram violentamente, cercando o edifício onde se tinham barricado os activistas pela separação do Leste da Ucrânia do resto do país, e o edifício ardeu.

    Supõe-se que a origem do incêndio tenha sido criminosa – mas ambos os lados usavam cocktails Molotov e outros explosivos.

    Catherine Ashton, a chefe da diplomacia europeia, apelou a que se realizasse uma investigação independente sobre a violência de Odessa, da qual Moscovo culpa as autoridades de Kiev e Kiev culpa Moscovo.

    O confronto aconteceu num dia em que decorria um jogo de futebol do campeonato ucraniano em Odessa. Como de costume, os apoiantes da equipa visitante – o Metalist, de Kharkov – e os do clube local, o Tchornomorets – reuniram-se no centro da cidade ao início da tarde, para desfilar, em cortejo, até ao estádio, relata a AFP.

    “Não estava prevista nenhuma manifestação, não fomos nós que estivemos na origem disto”, disse à agência noticiosa francesa Natalia Petropavlovska, uma das responsáveis do movimento Pró-Maidan (pró-europeu) nesta grande cidade portuária ucraniana. “Foram apoiantes, jovens. Neste país os jovens apoiam naturalmente mais uma Ucrânia unida do que a Rússia”, acrescentou.

    No desfile via-se muito o azul e o amarelo, cores da bandeira da Ucrânia, mas também da equipa do Metalist. O cortejo foi atacado numa grande avenida por centenas de manifestantes pró-russos, bem armados, de rosto tapado. Pelo menos quatro pessoas foram mortas por balas e uma dezena feridas. Oleg Konstantinov foi um dos feridos: “Quando comecei a ouvir tiros, pensei logo que deviam ser armas de fogo. Fui ferido num braço e, quando os meus amigos me estavam a tirar de lá, ainda fui atingido numa perna e outra vez num braço”, contou à AFP, deitado numa cama do Hospital Judeu de Odessa. (publico.pt)

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