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    Quénia votou entre boicotes e violência

    Pelo menos três pessoas morreram ontem no Quénia, dia de repetição das eleições presidenciais, com muitos menos eleitores a votar, tanto mais que Raila Odinga da oposição apelava ao boicote.

    Raila Odinga, o principal opositor queniano, apelou directamente ao boicote da votação.

    “Não participem de forma alguma nesta eleição vergonhosa. Convençam os amigos, vizinhos e todos os demais a não participar.

    Em vez disso aconselhamos os quenianos que acarinham a democracia e a justiça a rezarem por isso longe das assembleias de voto ou simplesmente fiquem em casa.” Por sua vez o presidente cessante Uhuru Kenyatta apelou ao respeito da decisão dos eleitores em votar ou mesmo se abster.

    “Os que querem votar devem poder fazê-lo. Os que não querem votar, pois tal é também um direito democrático.

    Mas nenhum direito se sobrepõe ao outro. E apelo aos quenianos para que todos possam exercer o seu direito.

    O Quénia está a provar que a nossa democracia é madura.” O dia foi violento, com muitas assembleias de voto no Quénia a se manterem encerradas num escrutínio que se deve traduzir num novo mandato para Kenyatta.

    O Quénia repetia hoje as eleições de 8 de Agosto, invalidadas pela justiça, e que tinham dado a vitória ao presidente cessante Uhuru Kenyatta.

    O seu rival Raila Odinga apelara ao boicote, com registo de uma afluência de eleitores inferior às primeiras eleições, embora ele nunca tivesse formalizado devidamente a sua desistência deste escrutínio.

    O escrutínio foi entretanto adiado para sábado em quatro condados (num total nacional de 47) da parte ocidental do Quénia devido à violência.

    As eleições de Agosto tinham recebido o aval de missões de observação eleitoral, até serem invalidadas de forma inédita em África pela justiça por irregularidades.

    Odinga condicionara a sua participação a uma nova comissão de eleições tendo recusado participar nas eleições de hoje apelando a que estas tivessem lugar dentro de 90 dias.

    Com 72 anos o eterno opositor queniano via nestas eleições a sua derradeira oportunidade para chegar à chefia suprema do país.

    Laura Vasconcellos, residente portuguesa em Nairobi ligada a uma organização de defesa de direitos humanos, comentou o desenrolar da votação admitindo o impacto negativo da tensão eleitoral a nível económico para o Quénia. (RFI)

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