Expansão
Entre aumentos de capital e malparado deslocado para a Recredit vão quase 800 mil milhões Kz. Banco já fechou 74 dependências bancárias e terminou com 550 postos de trabalho.
“A capacidade do Estado para socorrer o o Banco de Poupança e Crédito (BPC) terá mesmo atingido o seu limite”, disse, na semana passada, o ministro das Finanças, Archer Mangueira, durante a cerimónia de posse do novo conselho de administração do banco.
Este “limite” são quase 800 mil milhões Kz, de acordo com contas do Expansão, valores apurados entre aumentos de capital e compra de crédito malparado por parte da Recredit.
De 2016 para cá, o Estado já injectou 568,8 mil milhões Kz, mas para este ano estão ainda previstos mais 230 mil milhões Kz, endividando-se em 180 mil milhões Kz para aumentar o capital social da instituição e 50 mil milhões Kz para lhe comprar crédito malparado, de acordo com o Plano Anual de Endividamento 2019.
“Se o BPC falisse, muitos perderiam os seus postos de trabalho, as consequências directas para os trabalhadores e para os seus clientes teriam sido dramáticas”, disse Archer Mangueira.
Entretanto, o novo presidente do conselho de administração, André Lopes, coloca a concessão de créditos nas prioridades, mas também o plano de reestruturação do banco, abrindo portas à dispensa de trabalhadores, apostando na saída daqueles que se encontram na idade da reforma ou próximos dessa idade.