O Banco Mundial (BM) vai disponibilizar mil milhões, durante seis anos, para desenvolver vários projectos em Angola, com destaque para a formação de capital humano, informou hoje, em Luanda, o representante em Angola e São Tomé e Príncipe, Olivier Lambert.
O responsável prestou esta informação durante um encontro com os deputados da 5ª Comissão para a Economia e Finanças e a 6ª Comissão de Saúde, Educação, Ensino Superior, Ciência e Tecnologia, com uma delegação de peritos do BM.
Olivier Lambert não especificou o novo projecto que apresentou aos parlamentares, mas disse que assenta em três pilares principais – macro-governação, diversificação da economia e capital humano, que na sua óptica requer um investimento grande.
“Achamos que o país está a enfrentar grandes desafios e o desafio maior que se resolve a longo prazo é o de formar e melhorar o capital humano, porque a riqueza de um país não são os seus recursos minerais mas o índice elevado de formação e bem-estar dos seus habitantes”, disse.
Para tal, disse, não vão fazer apenas investimentos sectoriais por se tratar de algo mais amplo que envolve, além de investimentos na educação, também em saúde, agricultura, transporte, telecomunicações, entre outros, com o objectivo de fazer crescer o capital humano no país.
Por seu turno, a presidente da 5ª Comissão, Ruth Mendes, disse que o programa apresentado aos deputados pelo BM enquadra-se no programa 2020-2025. A deputada fez um diagnóstico da situação financeira de Angola com base na dependência do petróleo.
Referiu ainda que o programa do BM dá ênfase à formação do capital humano como forma de acabar com a petro-dependência e poder desenvolver os programas locais sem a falta de quadros.
A diversificação da economia angolana está alinhada ao Plano de Desenvolvimento Nacional (PDN), que assenta tem três sub-pilares como a melhoria do ambiente de negócios, construção e melhoria de infra-estruturas básicas como energia e águas e a agricultura e o agro-negócio para se criar cadeias de valor.
