O Presidente da Assembleia Nacional, Fernando da Piedade Dias dos Santos, reconheceu nesta segunda-feira, em Genebra, Suíça, o papel crucial desempenhado pelos Parlamentos e seus membros no alcance e na consolidação da paz, sobretudo em situação de pós-conflito, como é o caso de Angola.
Ao discursar na 130ª Assembleia da União Interparlamentar (UIP), referiu que, deste modo, o Parlamento Angolano aprovou o quadro jurídico do processo de paz e as batalhas militares do passado transformaram-se no debate de ideias no interior da “casa das leis”, entre diversas formações políticas.
Afirmou que isto tem ajudado a cimentar o processo de reconciliação e pacificação nacional em curso no país.
Referiu, por outro lado, que a renovação do compromisso dos países fundadores da UIP, enquanto representantes eleitos dos seus povos, relactivamente à manutenção da paz e da segurança internacionais, bem como a consolidação da democracia e do Estado de direito “constituem um imperativo do seu tempo”.
Ressaltou a pertinência e oportunidade do tema para o debate geral da 130ª Assembleia da UIP, que considera por demais evidente no actual contexto das relações internacionais.
“Com efeito, depois de movidos por ideais pacifistas, William Randal Cremer e Frèdéric Passy terem lançado, em 1889, os alicerces da UIP, o mundo ainda continua a testemunhar a existência de conflitos armados ceifando milhares de vidas humanas inocentes em todos os continentes”, lamentou.
Declarou que as crianças e as mulheres são as principais vítimas, pois ficam expostas, em muitos casos, à pobreza extrema.
O Presidente da Assembleia Nacional disse ainda que, tendo em conta a história recente de Angola, os angolanos estão cientes de quão preciosa é a paz e quão importante é para o desenvolvimento social e económico dos Estados.
Referiu que os índices de crescimento económico e social que Angola hoje conhece certamente não seriam possíveis sem o ambiente de estabilidade, paz e democracia reinantes no país.
“Por isso, quando sucessivos indicadores macro-económicos atestam ser a economia angolana uma das que mais cresce no Mundo, julgo que essa constatação prova bem a ligação entre a paz e o desenvolvimento económico e a justiça social, pressupostos plasmados no ambicioso programa de desenvolvimento nacional de Angola para a etapa 2013-2017”, reforçou. (portalangop.co.ao)