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    País vai colher cinco mil toneladas de café

    Cafeicultores do país iniciaram sábado, de forma oficial, a colher cinco mil toneladas de café, referente a campanha nacional 2019/2020, quantidade que poderá superar as quatro mil e 200 toneladas da campanha anterior, segundo responsável do Instituto Nacional do Café (INCA).

    Em declarações à Angop, à margem da abertura da campanha nacional da colheita do café o director-geral do INCA, Bonifácio Francisco, avançou que o sector cafeícola do país conta com uma área cultivada de 52 mil hectares, com a participação de 25 mil produtores distribuídos em nove províncias do país.

    Bonifácio Francisco informou que o ano transacto três empresas exportaram mil e 169 toneladas, considerando como um bom começo, pois o aumento gradual da produção vai estimular outras empresas a focarem-se na exportação do café.

    O INCA assiste cafeicultores nas províncias do Cuanza Norte, Uige, Cuanza Sul, Benguela, Bengo, Bié, Cabinda, Huambo e Huíla.

    Produção do café no Cuanza Sul

    Para o ano em curso, a província prevê colher três mil toneladas de café comercial, produzidas numa área de 18 mil hectares, com o engajamento de seis mil e 874 produtores familiares e 272 empresas.

    Desde o princípio deste ano, o INCA distribuiu 180 mil plantas de café de variedades arábica e robusta a pequenos produtores.

    Em viveiro estão mais de três milhões de plantas do café.

    Para sustentabilidade da produção INCA iniciou no município do Cassongue a 30 de Maio último a distribuição de oito tabuleiro de secagem com capacidade de 600 quilogramas cada que visa melhorar a qualidade e conceder um valor acrescentado ao produto para o mercado interno e externo.

    O projecto que vai abranger as principais zonas produtoras do café no Cuanza Sul ( Cela, Amboim, Cassongue e Quibala) beneficiou nesta entrega 500 famílias cafeicultoras e desta forma deixam de secar o café com recursos a métodos tradicionais, como em chão de cimento e no solo resultando em má qualidade deste produto para o mercado.

    A abertura da campanha teve lugar na Fazenda Nova Ereira, testemunhada pelo governador, Job Capapinha, tendo destacado que a reabilitação das principais vias de acessos vai permitir que mais investidores tenham interesse em reabilitar as antigas fazendas abandonadas e abrir novas áreas.

    Historial do Café na região

    A produção do café no município do Amboim (Gabela) começou em 1893 na comunidade do Assango e até 1923 a produção atingiu uma tonelada e meia deste produto comercial com três mil famílias envolvidas na cafeicultura.

    Com a conclusão do Caminho-de-Ferro, em 1923, a produção foi aumentando, atingindo sete mil toneladas que gradualmente era armazenada na cidade do Porto Amboim, onde era exportada para Portugal, Estados Unidos, Inglaterra e Holanda.

    Em 1960 a produção atingiu 14 mil toneladas e já na década de 1970 chegou a 40 mil toneladas de café fruto a melhoria do comércio rural. Apôs independência a produção caiu e só em 1980/1990 passou-se a produzir entre 700 a mil toneladas.

    No Amboim das 170 fazendas de café cadastradas apenas em 30 produz-se com regularidade, que perfaz uma área de dois mil hectares de camponeses e mais de 500 hectares de empresas agrícolas.

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