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    Pagamento de salários em tempo de Covid-19: Oposição e MPLA divergem no apoio do Estado às empresas

    Os partidos políticos da oposição defendem que o Estado pague uma parte dos salários dos funcionários das empresas em dificuldades devido à pandemia do novo coronavírus. MPLA sugere a empresários que recorram ao crédito bancário.

    O presidente da UNITA, Adalberto Costa Júnior, não concorda, por exemplo, com o despedimento de trabalhadores do Banco de Poupança e Crédito (BPC) em tempo de crise e defende que o Executivo deve ajudar as empresas que estão a enfrentar esta crise.

    “No caso do BPC, o despedimento dos trabalhadores não é, não pode, nem deve ser, marca indelével das reestruturações, tal como está a acontecer, cuja única publicitação é o despedimento, sem referências às responsabilidades dos seus gestores e devedores, muitos em absurdas e inóspitas campanhas de filantropia, sem o mínimo de ética, socialmente recomendável”, disse ao Novo Jornal Adalberto Costa Júnior.

    O presidente do principal partido da oposição solicitou ao Executivo para seguir o exemplo de outros países africanos que estão a ajudar algumas empresas paralisadas no pagamento de salários, tendo citado como exemplo Cabo Verde.

    “Eu dou um pequeno exemplo, em Cabo Verde, um pequeno País, tido como muito, como sendo mais pobre do que Angola, o Estado está a comparticipar as empresas no pagamento de uma parte dos funcionários. Ora, se Cabo Verde pode fazer isto, porque é que Angola não faz? E eu não acredito que o governo de Angola tenha menos meios do que o governo de Cabo-Verde”, disse Adalberto Costa Júnior.

    “Estamos a assistir a universidades inteiras a despedir o pessoal, estamos a assistir ao risco de todo pessoal ligado ao sector do ensino privado ir para casa; estamos a assistir àqueles aspectos dos mercado que nunca abriram, a despedir de forma compulsiva os seus funcionários. O risco é muito grande”, acrescentou.

    O membro do colégio presidencial da CASA-CE, Manuel Fernandes, ao Novo Jornal, também lamentou que centenas de empresas privadas estejam paralisadas e não tenham condições de pagar salários.

    “As empresas privadas que pagam os impostos e que têm dificuldades para pagarem os seus funcionários, devem ser ajudadas pelo Governo para minimizar o sofrimento dos trabalhadores”, disse, lamentando que muitas famílias de funcionários estejam a passar momentos críticos.

    Também ao Novo Jornal, o presidente do PRS, Benedito Daniel, defendeu que o Executivo deve financiar por algum tempo os salários dos funcionários das pequenas e médias empresas nesta fase da crise da pandemia covid-19.

    “As empresas estão quase todas paradas, porque, sabemos, a pandemia do novo coronavírus tem provocado as mais diferentes consequências em variados sectores, particularmente na saúde e na economia, em todo o mundo”, assinalou.

    Já a deputada do MPLA, Ruth Mendes, afirmou que as empresas também podem recorrer a bancos comerciais para conseguirem créditos e minimizarem situações dos salários dos trabalhadores.

    “O acesso a crédito nos bancos comerciais também é um caminho que as empresas privadas podem seguir a fim de resolver o problema dos salários dos seus funcionários”, concluiu.

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    FonteNJ

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